Duplo reencontro

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Tcheco está confirmado como titular do Coritiba no jogo de amanhã, às 15h50, no Couto Pereira, com a Portuguesa. "O" jogo – como vem sendo tratado, por ser o primeiro do Coxa em casa após a punição do Superior Tribunal de Justiça Desportiva – coloca o meia no centro da alegria que assola os alviverdes.

E para o jogador será ainda mais especial. Sete anos depois, o curitibano volta a envergar a camisa do clube que o projetou no cenário do futebol, em um momento tão especial quando delicado. Cercada de expectativas, a partida contra a Lusa não pode ter outro resultado que não a vitória – ao menos na ótica dos fãs. Pressão à vista.

"Estou bem tranquilo", garante Tcheco, ao falar de que tudo isso não chega até ele. "É uma coisa que eu aprendi bem no futebol, separar a emoção da razão. A emoção que eu tinha de passar aqui passei na chegada, encontrando velhos amigos, vivendo esse momento", diz a nova estrela da companhia.

Contratado do Corinthians (empréstimo até dezembro deste ano), o ídolo alviverde protagonizou o último bom momento nacional do clube. Com Tcheco em grande fase, ao lado de jogadores como Roberto Brum e Marcel, o Coxa conseguiu a segunda classificação para a Libertadores da América de sua história. E já se vão sete anos... muita coisa mudou.

"Eu encontrei uma boa parcela do clube diferente. Funcio­­nários, a maioria ainda trabalha aqui. Mas a estrutura, o museu, o estacionamento, a área do vestiário, aqui onde a gente dá entrevistas... o próprio estádio, que com a punição deram um trato muito bonito. O CT também tem mudanças, mas é bom, a Copa do Mundo vem aí e muita coisa pode servir como modelo. A tendencia é sempre melhorar", atesta o jogador, elogiando a atual estrutura do Alviverde.

A infraestrutura, aliás, foi levado em consideração por ele na hora de trocar o Corinthians e a Série A pelo momento atual do Coritiba. Ao entrar em campo, ele também terá de corresponder ao empenho feito pela diretoria e à confiança da torcida, receptiva, porém sempre crítica. As cobranças são ainda maiores para quem, como ele, é nascido aqui.

"A confiança deles [torcedores] é muito grande, a empolgação também. Os amigos têm aquela cobrança, ‘olha lá, hein? É o nosso timão’ e tem a gozação dos amigos paranistas e atleticanos. Mas a gente sabe que tem como dar conta do recado e fazer com que o Coritiba caminhe bem", confia Tcheco.

Enquanto as horas até o jogo não passam, Tcheco imagina como será subir a escada que separa o vestiário do gramado do Couto Pereira. "Vai passar um filme, um pouquinho de frio na barriga. Mas isso é normal, quando a gente tem é porque ainda tem disposição para jogar."