Enrique Bernoldi comenta críticas e espera sucesso da etapa de São Paulo

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São Paulo vai receber a abertura da Fórmula Indy nos dias 13 e 14 de março, com uma prova de rua que passará pelo Anhembi e pela Marginal do Tietê. O investimento de R$ 12 milhões para viabilizar a prova e a desconfiança sobre o traçado abriram espaço para muitas críticas, porém nem todos veem a etapa brasileira como fadada ao fracasso. Em entrevista à Gazeta do Povo, o piloto paranaense Enrique Bernoldi relembrou os seus anos na Indy, em 2006 e 2008, e vê razões para otimismo.

"Se tiverem dinheiro para realizar a prova, acho que dará para fazer uma boa corrida em São Paulo. O custo é bem menor do que o da Fórmula 1 e eu fiz várias corridas em circuitos de rua nos Estados Unidos e no Canadá quando corria na Indy. O carro é mais resistente, robusto e não tem muita frescura. Lembro da pista em Edmonton, que era em um aeroporto e eu nunca pulei tanto dentro de um carro", disse Bernoldi, por telefone.

Segundo a organização, 70% da área de corrida ficará dentro do Anhembi Parque e os carros passarão por um pequeno trecho da pista da Nova Marginal do Tietê. O tempo curto para todas as obras necessárias, além do temor a respeito das chuvas, são os principais entraves. "Em St. Peterburg ou Detroit eu diria que chegava a ser ridículo correr por lá. As pistas eram esburacadas e andávamos sobre concreto, então duvido que em São Paula ocorra um problema", comentou.

Além de acreditar que haverá infraestrutura, Enrique Bernoldi também revela a necessidade de mais categorias de monopostos virem para o Brasil. "Acho que será bom para a cidade e para o automobilismo brasileiro. Aqui o monoposto está morrendo, não temos opções depois do kart. O piloto acaba obrigado a ir para o exterior se quiser continuar em carros de fórmula", concluiu o paranaense.