"É capaz de alguma seleção chegar à final sem vencer nenhum jogo e enfrentando no mata-mata apenas times de seu grupo." Discursos muito parecidos com esse foram feitos antes da Copa América pelos críticos do regulamento. Mas agora há um exemplo real: o Paraguai empatou suas cinco partidas, contra apenas três adversários diferentes, e decidirá o torneio no domingo com o Uruguai após desclassificar a surpreendente Venezuela nos pênaltis.
Condição oferecida pela forma de disputa. Após se classificar como segundo melhor terceiro colocado entre os três grupos, o Paraguai continuou pendurado no regulamento. Jogou pior do que Brasil e Venezuela, rivais que já havia enfrentado na primeira fase, mas levou os dois confrontos aos pênaltis para obter a vaga.
No reencontro com a Venezuela, a seleção paraguaia levou tanta pressão, com direito a três bolas na trave, que o atacante Nelson Haedo Valdez chegou a comparar a situação com as difíceis condições sociais da terra natal: "O Paraguai é conhecido como um país muito sofrido. Mas desta vez sofremos até não poder mais".
As prorrogações e pênaltis, porém, estão cobrando um preço alto. "Chegaremos exaustos, quase sem oxigênio, com cinco ou seis lesionados e um suspenso", lamentou o goleiro, e herói nacional, Villar. Expulso na última partida, o meia Jonathan Santana está fora da decisão. O atacante Roque Santa Cruz e o lateral-esquerdo Aureliano Torres, machucados, dificilmente terão condições.
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