Rumo à Olimpíada de Londres, em 2012, seleção brasileira venceu ontem a Argentina, na cidade japonesa de Hamamatsu| Foto: Divulgação/ FIVB

Torcida

Brasil joga "em casa"

A seleção brasileira masculina de vôlei contou com um incentivo extra para vencer a Argentina por 3 sets a 0, ontem, pela Copa do Mundo. Como se estivesse atuando em casa, a equipe comandada por Bernardinho viu as arquibancadas do ginásio de Hamamatsu cheias de torcedores com camisas amarelas (4,2 mil pessoas). A cidade local é a que conta com maior número de brasileiros no Japão e o apoio maciço foi comemorado pelos jogadores e pelo técnico do time nacional.

"Foi emocionante. Ver o Japão dominado por brasileiros é realmente muito legal. Vimos um ginásio iluminado pela cor amarela e, com certeza, nos sentimos mais energizados e mais fortes para essa partida. Jogar em Hamamatsu é diferente e sempre muito especial", disse o levantador Marlon.

Serginho, por sua vez, festejou o fato de a seleção ter correspondido ao apoio dos torcedores com a vitória que garantiu ao Brasil a manutenção da terceira colocação na competição que garante três vagas nos Jogos Olímpicos de Londres, em 2012. "Eu não tenho nem palavras para falar sobre tudo isso que vimos aqui hoje [ontem]. Foi lindo, eles nos apoiaram o tempo todo e que bom que conseguimos dar a vitória de presente", ressaltou.

Já Bernardinho lembrou que a seleção brasileira ainda faria mais duas partidas em Hamamatsu nesta Copa do Mundo, contra Cuba, hoje (pela madrugada), e diante da Sérvia, amanhã, em confrontos no qual certamente voltará a ter forte apoio da torcida.

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A seleção brasileira masculina de vôlei confirmou o seu favoritismo ontem, em Hamamatsu, no Japão, ao vencer a Argentina por 3 sets a 0 – com parciais de 25/22, 25/20 e 25/21 –, em sua estreia na terceira fase da Copa do Mundo. O desempenho do time nacional, porém, não deixou Bernardinho satisfeito e o técnico chegou a protagonizar uma discussão áspera com o líbero Serginho durante a segunda parcial do confronto.

A boa situação da seleção brasileira na classificação da competição (fechou o dia no G3), firme na luta por uma das três vagas para a Olimpíada de Londres, porém, foi deixada em segundo plano pelo técnico, que reclamou do fato de seus comandados não terem aproveitado o duelo para mostrar evolução.

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"Estivemos um pouco apáticos no início do jogo e, independentemente do resultado, temos que bus­­car uma melhora de atuação sempre. Acho que hoje [ontem] não alcançamos esse objetivo de melhorar e de usar o jogo como um degrau a mais para conseguir um desempenho ainda melhor", analisou o comandante.

O treinador, porém, admitiu que o fato de o Brasil não ter perdido sets diante da Argentina foi um fator positivo, pois vitórias por 3 a 0 ou 3 a 1 garantem três pontos, en­­­­quanto triunfos por 3 a 2 asseguram apenas dois.

Em busca desta evolução cobrada por Bernardinho, o Brasil voltaria à quadra hoje, às 4 horas (horário de Brasília), para enfrentar Cuba, que ontem bateu a Itália por 3 sets a 1 e assumiu a quarta posição, um posto atrás do Brasil, da Copa do Mundo.

O líbero Serginho, que foi "al­­vo" da fúria de Bernardinho na discussão acalorada que teve com o comandante em uma parada técnica do segundo set, minimizou a importância do fato e preferiu va­­lorizar a vitória brasileira.

"Esse tipo de coisa faz parte. Não conseguimos jogar calados. A nossa equipe tem um espírito guer­­reiro dentro da quadra e isso foi uma discussão normal. Já havia acontecido outras vezes. O im­­portante é que o campeonato se­­gue e vamos seguir unidos como sempre. Se for pra discutir e vencer por 3 a 0 sempre, não tem problema", enfatizou.

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Maior pontuador do confronto, com 17 acertos, o oposto Leandro Vis­­sotto foi eleito o melhor jogador da partida.