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Em Londres, Fabiana Murer culpou o vento pelo mau resultado | Daniel Castellano / Gazeta do Povo
Em Londres, Fabiana Murer culpou o vento pelo mau resultado| Foto: Daniel Castellano / Gazeta do Povo

Fabiana Murer viveu a expectativa de uma medalha em duas Olimpíadas seguidas. Em Pequim, foi prejudicada pelo sumiço de suas varas. Em Londres, foi atrapalhada pelo vento. Mas ela garante os problemas ficaram no passado. De volta aos treinos depois do fim da temporada 2012, a atleta campeã mundial do salto com vara já mira participar dos Jogos do Rio, em 2016, quando terá 35 anos.

"Vou passar esses quatro anos treinando, competindo. Quero buscar resultados. Cada ano representa uma oportunidade para isso e não quero perder nenhuma oportunidade", garante Murer, que tem a confiança do seu técnico e marido Elson Miranda. "A Fabiana não é tão forte, tão veloz, mas, mantendo o trabalho, tecnicamente vai permanecer no alto nível."

Dois meses e meio depois de abdicar da última tentativa de passar o sarrafo e continuar na disputa pela medalha em Londres alegando que o vento estava muito forte, Murer parece ter aceitado melhor a decepção pela eliminação repentina. Na avaliação dela, não havia como fazer diferente no Estádio Olímpico.

"É lógico que eu queria fazer o terceiro salto, tanto que tentei duas vezes (4,55 m), mas não conseguia me deslocar, o vento me segurava. No meio da corrida, já sabia que não ia conseguir abaixar a vara para a decolagem, não tinha a velocidade necessária, não adiantava continuar. Se eu continuasse, teria passado reto pelo colchão, como outras atletas fizeram, e o salto também não sairia", explica ela.

Um dos argumentos que fortalecem a tese de Fabiana Murer é que a russa Svetlana Feofanova acabou quebrando o pé na classificação, ao errar um salto. As duas são leves (57kg e 49kg, respectivamente) e, portanto, mais prejudicadas pelo vento. A campeã, a norte-americana Jennifer Suhr, pesa 65kg.

Na avaliação da brasileira, o terceiro lugar na etapa de Estocolmo da Diamond League, uma semana depois da Olimpíada, foi fundamental para que ela se reerguesse. "Ainda estava um pouco abalada, mas saltei, fui bronze e a partir daí comecei a ficar mais contente de estar competindo, de fazer o que eu gosto. Salto é o que mais gosto de fazer, é a minha vida, faço isso há 15 anos. Aos poucos, fui ficando feliz novamente por estar na competição, por saltar."

Com mais esse recomeço na carreira, Fabiana deixa os Jogos de Londres para trás. "Quero colocar uma pedra em cima disso tudo e pensar para a frente, não adianta ficar parada no passado", justificou. Sem competir desde o começo setembro, ela tirou um período de férias, mas já retomou os treinos, dando início à temporada 2013. A grande meta é buscar o bicampeonato mundial em Moscou, em agosto de 2013.

"Vou fazer lá a temporada em pista coberta e, depois, pensar na temporada em pista aberta e no Mundial, que vai ser bem forte. Tenho condição de saltar 4,85 metros, que é a minha melhor marca de buscar os 4,90m, de chegar aos 5,00m", projeta.

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