A Federação Internacional de Automobilismo (FIA) respondeu com ironia nesta terça-feira à ameaça da Ferrari, que falou em deixar a Fórmula 1 caso seja aprovada a regra de um motor padrão para a categoria. De acordo com a entidade máxima do automobilismo, a diretoria da marca italiana não entendeu a proposta.

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"Parece que a diretoria da Ferrari está mal informada. A FIA ofereceu opções às equipes, e o motor padrão é uma delas. A outra é que as montadoras se comprometam a garantir o fornecimento de motores às equipes independentes por menos de 5 milhões de euros (cerca de R$ 14 milhões", disse a federação, em nota oficial.

A ameaça da Ferrari foi feita após o anúncio do balanço financeiro da empresa. Em documento assinado pelo Conselho Administrativo, a fabricante afirmou que o projeto de equalização e padronização dos motores privaria a Fórmula 1 de sua razão de ser, baseada na competição e no avanço tecnológico.

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De acordo com a FIA, a ameaça da Ferrari mostra uma ponta de egoísmo em relação às outras equipes. "A FIA está muito feliz com o sucesso financeiro da Ferrari e espera que ela se mantenha assim. No entanto, há várias equipes tendo de lidar com custos cada vez mais alto. E isso é insustentável", diz a entidade.

A FIA e a Fota - associação das equipes da Fórmula 1 - devem reunir-se novamente após o GP do Brasil, para discutir as possibilidades de redução de custos na categoria. Para a entidade, a redução nos gastos das equipes é um passo importante sobretudo diante da crise financeira mundial.

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