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O presidente da Fifa, Joseph Blatter, prometeu nesta segunda-feira que levará adiante a polêmica proposta de restringir o número de jogadores estrangeiros em times de futebol, apesar da oposição da Comissão Européia.

Blatter, que defende a implantação de um limite de cinco estrangeiros na escalação inicial das equipes - a chamada "regra 6+5" -, disse estar "satisfeito" após um encontro informal em Biarritz, que juntou importantes autoridades esportivas e ministros de Esportes da Europa.

Os ministros assinaram uma declaração conjunta para "encorajar a continuidade das discussões sobre iniciativas de federações internacionais que incentivariam os times... a contar com a presença de atletas capazes de jogar em suas seleções nacionais, cumprindo a legislação da União Européia".

Em comunicado divulgado pela Fifa nesta segunda-feira, Blatter afirmou que "o apoio unânime dos ministros e o desejo de diálogo por parte deles apontam para um futuro brilhante para o movimento Olímpico e esportivo".

Ele acrescentou que está "igualmente feliz com a concordância unânime expressada pelos 27 ministros de Esportes da Europa sobre a necessidade de diálogo e da discussão da compatibilidade da regra "6+5" com a lei européia".

Menos favorável

A Comissão Européia, que supervisiona a legislação européia, expressou uma visão menos positiva da regra "6+5" e de sua compatibilidade com as leis trabalhistas da União Européia, que governam um mercado de livre circulação de pessoas.

Em comunicado enviado para a Reuters, os comissários Jan Figel e Vladimir Spidla disseram que têm simpatia com a preocupação da Fifa, mas que "diferem sobre os meios de alcançar isso".

O comunicado acrescentou: "Nossa posição é clara: a regra "6+5" da Fifa está baseada na discriminação direta com base na nacionalidade, e portanto está contra um dos princípios fundamentais da legislação européia".

Os comissários também expressaram ceticismo sobre a proposta da Uefa, federação européia de futebol, de banir as transferências de jogadores com menos de 18 anos.

Apesar de novamente expressar simpatia à proposta, defendida pelo presidente da Uefa Michel Platini, Figel e Spidla afirmaram que tal proibição poderia "constituir uma discriminação indireta... e ser desproporcional à luz dos objetivos buscados".

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