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CEO do Flamengo, Reinaldo Belotti, falou sobre o incêndio no CT do clube. | FERNANDO SOUZA/AFP
CEO do Flamengo, Reinaldo Belotti, falou sobre o incêndio no CT do clube.| Foto: FERNANDO SOUZA/AFP

Em pronunciamento realizado neste sábado (9), o CEO do Flamengo, Reinaldo Belotti, minimizou a falta de licenças do Centro de Treinamento (CT) do clube junto à Prefeitura do Rio e disse que os problemas com a documentação do local não tiveram influência no incêndio que causou a morte de dez jovens entre 14 e 17 anos na última sexta-feira (8).

“Sobre multas, licenças, alvarás... isso não têm nada a ver com o incêndio que ocorreu. Trabalhamos de forma árdua em busca das licenças. Precisávamos de nove certificados para obter o alvará, já temos oito. Estamos em contato permanente com o Corpo de Bombeiros. Não foi por falta de investimentos e nem de cuidados do Flamengo. Eles [jogadores] eram o nosso maior ativo, o nosso futuro, e prezamos muito por isso”, disse o dirigente que não respondeu perguntas dos jornalistas.

Segundo Belotti, a perícia indica que um problema no ar-condicionado teria ocasionado o fogo no alojamento no Ninho do Urubu.

“Houve picos de energia durante a noite, fomos vítimas disso na sexta de manhã. O que sabemos até agora foi o que a perícia falou, que o problema começou no ar-condicionado, ninguém pode garantir por quê. Estavam em perfeita ordem, funcionando. A suposição agora é que esses picos tenham influenciado o funcionamento regular do ar e ocasionado o incêndio. E com um incêndio desse porte, com a fumaça tóxica, as pessoas começam a desfalecer. Foi um acidente trágico”, afirmou, garantindo que o sistema de ar-condicionado do CT do Flamengo havia passado por uma manutenção recentemente.

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O CEO flamenguista defendeu que é injusto considerar que o alojamento era um “puxadinho”.

“Estamos falando de alojamentos modulares implantados em 2011. O CT começou assim. Por esses alojamentos passaram vários times, vários jogadores como Ronaldinho e Vagner Love. Foi utilizado pela seleção olímpica do Brasil. Não é um puxadinho. É um alojamento”, disse.

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Irregularidades apontadas

De acordo com a Prefeitura do Rio, a área onde ficava o alojamento do Flamengo que pegou fogo estava descrita nos documentos municipais como “estacionamento”. Ou seja, na prática, o clube não tinha permissão do governo municipal para manter o alojamento naquele espaço. A nova licença tem validade até o próximo dia 8 de março e, segundo o município, “não há registros de novo pedido de licenciamento da área para uso como dormitórios”.

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Além disso, o CT Ninho do Urubu não estava com a documentação regularizada junto ao Corpo de Bombeiros. Segundo a corporação, o local não possuía o Certificado de Aprovação (CA), documento que atesta que a instalação está de acordo com a legislação vigente no que diz respeito a dispositivos contra incêndio.

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