Fraco visitante, Coritiba espera surpreender o rival forasteiro

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Se o desempenho do Cruzeiro jo­­gando em casa e o do Coritiba fora nesse Brasileirão tivesse influência na partida de amanh㠖 às 17 horas, em Belo Horizonte –, o Al­­viverde talvez já pudesse comemorar o empate que precisa para, ao menos, chegar à última rodada com a vantagem da igualdade contra o Fluminense. Afinal, dentro do Mineirão a Raposa tem um péssimo retrospecto na competição. E o Coxa, jogando longe do Couto Pereira, também não fica nada a dever ao próximo adversário.

Mesmo brigando por uma vaga na Libertadores, o time celeste tem a 4.ª pior campanha dentro de seus limites. Foram oito vitórias, três em­­pates e sete derrotas – 69,5%. Está à frente apenas de Sport, Santo André e Botafogo.

Já no lado paranaense, sair de Curitiba significa, basicamente, derrotas. Em 17 partidas, duas vitórias, cinco empates e onze tropeços – 21,5%. Só é melhor no quesito que quatro outras equipes: Grêmio, Vitória, Náutico e Sport.

Se a primeira parte serve para empolgar, a segunda é motivo de reflexão no Alto da Glória. "É um fator importante. Dentro de casa eles estão tropeçando e temos de procurar explorar isso", afirma o capitão Marcelinho Paraíba que diz ter a receita para mudar a rotina do Alviverde. "O segredo é jogar bem agrupado, compacto, fechadinho, e explorar os contra-ataques. É difícil jogar fora de casa, não é um problema só nosso. Mas agora não é a hora de lamentar."

Marcelinho deve ver apenas hoje à noite o DVD editado por Ney Franco sobre os pontos fracos da equipe treinada por Adílson Batista. Mas o jogador não deverá ter muitas surpresas. O colunista da Gazeta do Povo, o mineiro Tostão, também sugere a estratégia do camisa 9 como a melhor para o Alviverde. Embora não acredite que o Coritiba possa surpreender, a única maneira disso acontecer seria explorando a velocidade.

"O Cruzeiro é um time que vai muito para frente, e às vezes leva gols no contra-ataque. Os laterais sobem demais, abandonam, deixam espaço. Está ganhando e leva um gol, não é por acaso", analisa Tostão.