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Blatter: renúncia da presidência da Fifa e banimento. | ARND WIEGMANN/REUTERS
Blatter: renúncia da presidência da Fifa e banimento.| Foto: ARND WIEGMANN/REUTERS

O ano de 2015 tem tudo para ficar marcado na história do futebol pelo desmantelamento moral da Fifa.

Após a prisão de nove dirigentes pela Polícia Federal Americana (FBI), incluindo o ex-presidente da CBF, José Maria Marín, agora os dois mais poderosos cartolas do esporte foram suspensos por oito anos do futebol.

Joseph Blatter, presidente da entidade desde 1998, e Michel Platini, comandante da Uefa desde 2007, foram banidos de qualquer atividade. O anúncio foi feito nesta segunda-feira (21) pela justiça interna da entidade que comanda o esporte.

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O pagamento de 1,8 milhão de euros em 2011 de Blatter a Platini, supostamente por trabalhos de assessoria concluídos uma década antes, sem um contrato escrito, foi o motivo à punição por ‘conflito de interesses’ e ’gestão desleal’.

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É mais um capítulo da derrocada da Fifa neste ano. A entidade ficou em evidência por causa de casos de lavagem de dinheiro e suborno, o que deve refletir-se em 2016, quando haverá eleição para escolher o novo mandatário do órgão.

Especialistas em gestão esportiva acham que é cedo para prever uma ‘limpeza’ na federação – apesar da série de escândalos.

“Nunca na vida imaginamos que ia acontecer em 2015 o que aconteceu. O Blatter era rei na Copa do Brasil, intocável e caiu. Mas não acredito que vai mudar muito”, opina Amir Somoggi, um dos mais requisitados consultores de marketing e gestão esportiva do Brasil.

“Hoje a Fifa está sem credibilidade. Mas a partir dela se poderá melhorar o futebol mundial. O amadorismo, a corrupção e a falta de projetos é real nas confederações”, ressalta, prevendo um efeito cascata.

Mesmo com todos os problemas, cinco candidatos foram aceitos para a eleição da Fifa, que ocorrerá no dia 26 de fevereiro.

Os candidatos até agora são: o príncipe da Jordânia, Ali Al Hussein; o presidente da Confederação de Futebol da Ásia, natural do Bahrein, xeque Salman Bin Khalifa Al Ebrahim; o francês e ex-secretário adjunto da Fifa, Jérôme Champagne; o suíço e secretário Geral da Uefa, Gianni Infantino; e o sul-africano Tokyo Sexwale.

Para Erich Beting, também especialista em marketing esportivo, não fará muita diferença qual nome vencer.

“A mudança não vai ser do dia para a noite. Quem está lá é mais ou menos do mesmo nível. Só será diferente porque uma liderança com tanto poder como Blatter e [o ex-presidente João] Havelange não vai mais surgir”, acredita.

“Este foi um ano emblemático. A Fifa foi completamente desnudada. Agora está começando a mudar. Quem entrar deve pegar uma entidade mais limpa, séria e muito fiscalizada”, confia Beting.

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