Os atacantes voltaram a dominar a artilharia no Coritiba. Uma dedução lógica, aparentemente, mas que desde 2006 insistia em fugir à regra no Couto Pereira durante o Paranaense.
Os oito gols de Rafhael Lucas, os dois de Wellington Paulista e outro de Mazinho representam 78% das bolas na rede do Alviverde neste Estadual –outros três vieram de jogadores de outras posições. Um valor quase duas vezes maior do que a média registrada entre 2006 e 2014: 43%.
Veja ao fim do texto o infográfico com o desempenho dos atacantes do Coxa na última década
Na última década, o torcedor coxa-branca se acostumou a ver jogadores do meio de campo e da defesa liderarem a artilharia. E, ao mesmo tempo, contentar-se com atacantes que falhavam na missão principal.
Nos últimos dois anos, por exemplo, Alex foi o principal matador. Em 2013, anotou 15 e no ano passado foi o artilheiro com apenas quatro. Reflexo da ausência de atacantes que resolvessem.
A temporada em que o setor ofensivo mais se aproximou do que a dupla Rafhael Lucas-Wellington Paulista tem feito foi na de 2006, quando o ataque que tinha Eanes como principal referência, marcou 14 vezes, contra nove de jogadores de outros setores. Na proporção, 61% favoráveis ao ataque.
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De lá para cá, diversos atacantes passaram pelo Coxa. Eanes, Anderson Gomes, Marcos Aurélio, Ariel, Bill, Deivid, Júlio César, entre outros. Quem ajudou a dar moral aos avantes, mesmo que durante um curto período de tempo, foi Keirrison, com dois bons Estaduais. Em 2007, marcou nove vezes e em 2008 chegou ao auge, com 18 gols e a artilharia da competição. Mesmo assim, ele não conseguiu carregar sozinho a conta.
Em 2012, os atacantes tiveram o pior desempenho. Foram os meias, volantes, laterais e zagueiros que tiveram de arcar com a falta de pontaria dos homens de frente. Roberto, Marcelo, Anderson Aquino e Caio Vinícius marcaram, juntos, 13 gols, representando apenas 24% do total.
Uma realidade que o torcedor do Coritiba começa a deixar para trás, pelo menos por enquanto. Culpa, principalmente, do início arrasador de Rafhael Lucas. Uma arrancada melhor até que a de Keirrison em 2008, seu melhor ano. Em dez jogos na temporada, o atual camisa 9 marcou oito vezes. À essa altura, em 2008, K9 tinha marcado apenas três.
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