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Cartaz do evento na Arena da Baixada. | /
Cartaz do evento na Arena da Baixada.| Foto: /

Após diversos casos que estremeceram a relação neste ano, inclusive com o clube pedindo o fim das organizadas, a torcida Os Fanáticos e o Atlético começam a dar sinais de estreitamento de laços.

Tanto que a bateria da torcida foi chamada para animar o “Aquece Caldeirão” deste domingo (20), evento que acontece ao lado da Arena da Baixada antes da partida contra o Sport, às 17 horas, pela antepenúltima rodada do Brasileiro. O Furacão depende apenas de seus resultados para garantir uma vaga na Libertadores e mantém a promoção de ingresso a R$ 60 (R$ 30 meia entrada) para empurrar o time rumo à vaga.

A bateria, que se apresentará entre 14h30 e 16 horas, receberá couvert artístico como pagamento (vulgo cachê). Sócios e torcedores com ingresso pagam R$ 5 para entrar no local, enquanto o valor é de R$ 10 para quem não for ao jogo.

“Estamos tentando melhorar o relacionamento com a torcida como um todo. Chamamos o animador a partir do jogo com o Cruzeiro, agora também convidamos a bateria para participar. É também uma forma de se reaproximar. Eles são especialistas em festa. Por que não chamá-los para nosso esquenta?”, explicou o presidente atleticano, Luiz Sallim Emed.

“Algumas pessoas da oposição vão entender como se estivéssemos tentando comprar o silêncio deles, mas não tem nada disso. Ninguém da diretoria participou da reunião”, enfatizou o dirigente.

Relações públicas da Fanáticos, Renato Martins afirmou à reportagem que o combinado inicial era de que o clube desse uma ajuda de custo pelo esforço dos membros da bateria. “É para tomar uma água e comer alguma coisa, afinal a galera vai tocar 1h30, vai parar um pouco e depois vai tocar mais 2 horas durante o jogo”, afirmou.

Ele se surpreendeu, no entanto, ao saber que o Atlético havia informado em seu site oficial que haveria cobrança de entrada com o objetivo de pagar a bateria.

Depois de consultar outros membros da torcida, Martins confirmou que o valor será aceito. “Temos um custo mensal de R$ 2,5 mil com a bateria e estamos tocando em casamentos e eventos para conseguir pagar o que antes era bancado com a venda de peças da nossa loja. Só que o Atlético proibiu a entrada de materiais da torcida nos jogos”, justificou.

O representante da organizada admitiu o avanço na relação com o Atlético – o clube cedeu a uma reivindicação e retirou as cadeiras do local onde fica a bateria no estádio –, mas lembrou que a evolução precisa continuar para que a bateria esteja presente na partida contra o Flamengo, última partida da temporada (4/12).

“Queremos entrar com a caveira e nossa marca. Se houver retrocesso não vamos ficar nessa lua de mel”, reiterou Martins.

“Qualquer turbulência nessa reta final pode atrapalhar. Vamos continuar conversando com ele e estabelecendo o que o clube pode fazer e o que eles podem. Mas não vamos sofrer por antecipação. Cada agonia na sua gora. O objetivo maior é fazer essa reaproximação”, rebateu Sallim.

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