Demitido do Atlético domingo, após empate sem gols com o Bahia, na Arena da Baixada, o técnico Doriva considera sua saída como precipitada para um trabalho que, segundo ele mesmo, teve números "que não foram tão ruins assim". Em oito jogos à frente do Furacão, Doriva teve 45,8% de aproveitamento - foram três vitórias, dois empates e três derrotas. Ele foi substituído interinamente por Leandro Ávila.
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Apostando em jogadores jovens e sem contratar na janela de transferências, o clube paga o preço com uma campanha irregular no Brasileiro. O time, que chegou estar entre os quatro melhores, hoje é o nono colocado, a sete pontos do G4.
"São atletas talentosos, porém jovens. Não sei se o preço a ser pago em longo prazo vale a pena. No futuro pode ser que o Atlético colha bons frutos, mas momentaneamente passa por esse sofrimento, que faz parte", falou o treinador em entrevista por telefone à Gazeta do Povo, na tarde desta segunda-feira.
"Contratações deixei a cargo da diretoria. Me preocupei com trabalho no campo, onde tenho de estar. Se não trouxeram atletas foi escolha deles", explicou o paulista de 42 anos, campeão paulista com o Ituano nesta temporada.
Contratado durante a parada da Copa do Mundo, o treinador classifica seu trabalho como bom. Começou com duas vitórias seguidas (sobre Flamengo e Criciúma), mas depois conquistou apenas um triunfo em seis partidas.
O empate sem gol com o Bahia, no último domingo, na Arena da Baixada, foi a gota dágua para a diretoria. O diretor de futebol Marcio Lara comunicou a decisão a Doriva ainda no estádio.
"Acharam que não encaixou o trabalho, não sei o porquê. Mas tenho de acatar, estava fazendo meu trabalho da melhor maneira possível. Fiquei surpreso. Acho que foi precipitado, mas a vida segue", falou.
"Fico chateado. Sou jovem e vai me servir de experiência. Vou levantar a cabeça e continuar trabalhando. Sei que posso contribuir muito porque meu trabalho, apesar da idade, já surtiu efeito", fechou.
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