Sem acerto com prefeitura, Petraglia insinua relação entre procurador-geral de Curitiba e oposição do Atlético

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O presidente do Atlético, Mario Celso Petraglia, postou em seu Twitter nesta quarta-feira (11) uma foto que mostra juntos Henrique Gaede, um dos líderes de oposição da chapa ‘Atlético de Novo’, Marcos Malucelli, ex-presidente rubro-negro, e o procurador-geral de Curitiba, Joel Macedo Soares Pereira Neto. A imagem, no entanto, segundo os envolvidos, é antiga, feita em 2008.

A mensagem do mandatário rubro-negro traz a ideia de que a dificuldade do clube em chegar a um acordo com o poder público para o pagamento da reforma da Arena da Baixada está relacionada com uma suposta união do procurador-geral, responsável pelas questões jurídicas envolvendo o município, com a oposição do clube.

As eleições presidenciais no Atlético serão realizadas em dezembro, logo após o Campeonato Brasileiro.

“Fica claro nesta foto porque estamos com dificuldades de resolver o tripartite na PMC [Prefeitura de Curitiba], o chefe da PG [Procuradoria-Geral] está politicando!”, publicou Petraglia na rede social.

Através da assessoria de imprensa, o procurador se manifestou: “A foto é antiga, tirada na época em que o Malucelli venceu a eleição, com uma chapa que tinha o apoio do Petraglia. O procurador não vai se pronunciar a respeito do assunto por entender que a foto foi requentada”, informou.

O candidato Henrique Gaede reforçou as palavras do advogado do município e rebateu a acusação de tentativa de atrapalhar o Atlético na negociação com o poder público. “Aquilo é uma foto antiga, que não tem relacionamento com a política atual do clube. Me formei com o Joel [em Direito], somos amigos há muitos anos, e não estou tentando fazer nenhum tipo de politica sorrateira com a questão. Eles [situação] são os personagens que estão sempre tentando criar factoides e desviar o foco das coisas importantes do clube”, disparou.

O Atlético está em impasse com a Prefeitura por causa do pagamento da obra na Baixada realizada para a Copa de 2014. O clube defende que a administração municipal, o governo do estado e o Rubro-Negro dividam igualmente os custos finais da reforma de R$ 346,2 milhões. A Prefeitura, porém aceita pagar um terço sobre o orçamento inicial acordado de R$ 184,6 milhões.