• Carregando...
Ederson comemora o segundo gol do Atlético na vitória sobre o VAsco | Albari Rosa / Gazeta do Povo
Ederson comemora o segundo gol do Atlético na vitória sobre o VAsco| Foto: Albari Rosa / Gazeta do Povo
  • William Batista da Silva é atendido após briga de torcedores do Atlético e Vasco na Arena Joinville
  • Manoel abriu o placar para o Atlético logo aos 4 minutos
  • Briga generalizada entre torcidas do Atlético e Vasco em Joinville
  • Éverton sofre marcação do Vasco
  • Vascaíno chora ao ver torcedor ser espancado durante a partida

A classificação do Atlético para a pré-Libertadores em 2014, conquistada após a vitória sobre o Vasco por 5 a 1, com três gols do artilheiro Éderson, foi manchada por uma briga entre torcedores das duas equipes na Arena Joinville, que deixou quatro torcedores feridos. Até as 20 horas, três deles seguiam internados no Hospital São José para mais exames e um foi liberado. Todos estão conscientes. A goleada também decretou o rebaixamento do Vasco, que, junto com o Fluminense, serão os representantes cariocas na Série B de 2014.

Para o elenco rubro-Negro, que ficou em terceiro colocado, com 64 pontos, a alegria de chegar pela quarta vez ao torneio continental foi diminuída pelas cenas de violência no estádio.

Com três gols – aos 43’/1º, 36’/2º e 40’/2º – Éderson garantiu a artilharia do Brasileirão, com 21 gols. Além dele, Manoel (4’/1º) e Marcelo (18’/2º) anotaram. O Vasco ainda diminuiu com Edmílson, aos 40 do primeiro tempo, porém não foi o suficiente para evitar o rebaixamento do clube carioca, que terminou o Brasileirão na 17ª colocação.

A partida foi desviada pela briga generalizada na arquibancada, que paralisou o jogo por mais de uma hora. Por cerca de cinco minutos, torcedores dos dois times se enfrentaram violentamente sem que houvesse intervenção da Polícia Militar catarinense, que não estava no estádio. Segundo o comandante da operação no estádio, tenente-coronel Adilson Moreira, a pedido do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), os policiais foram proibidos de trabalhar na Arena Joinville sob a alegação de que jogos de futebol são eventos particulares, em que agentes públicos de segurança não podem atuar. Em nota, o MPSC diz que não fez tal recomendação.

Mesmo com a vaga garantida, a comemoração foi deixada de lado pelos jogadores do Furacão, que se emocionaram com as cenas vistas na briga e se solidarizaram com as vítimas. O zagueiro Luiz Alberto chegou a chorar em campo quando a partida foi paralisada, diante do socorro a um torcedor ferido.

Com o início da Libertadores marcado para 29 de janeiro, o Atlético saberá a data de seu primeiro jogo na pré-Libertadores no dia 12, quando será realizado o sorteio dos confrontos.

A brigaNos primeiros toques de bola da partida, o Vasco tentou partir para cima, porém errando muitos passes não chegou perto de finalizar. Já o Atlético respondia bem nos contra-ataques, e logo nos primeiros minutos se viu à frente no placar Aos 4’, Paulo Baier cobrou falta da esquerda, Manoel subiu mais alto, e de cabeça fez o primeiro do Rubro-Negro na partida.

O gol fez o Cruz-Maltino se espertar e ficar mais cuidadoso em campo, mas o time de Adilson Batista seguiu pecando no toque de bola. O Furacão tentava tomar o controle da partida a todo custo. Até que iniciou a briga que culminou na paralisação do jogo e em cenas que abalaram atletas e torcedores.

Por volta dos 16 minutos, torcedores vascaínos romperam a linha de divisão e foram para cima dos atleticanos. O confronto aumentou quando os rubro-negros revidaram, invadindo o setor da torcida adversária e acuando muitos vascaínos, levando alguns a se jogar no campo na tentativa de se proteger.

A Polícia Militar não estava na Arena Joinville, apenas no entorno, e demorou a chegar para controlar a situação. Os policiais não estavam na Arena Joinville por determinação Ministério Público de Santa Catarina, que alega que jogos de futebol são eventos privados, por isso não podem ter agentes públicos de segurança. Segundo a PM catarinense, havia apenas 80 seguranças privados no campo, contratados pelo Atlético. No entorno do estádio, eram 120 policiais. Após a confusão, a segurança dentro do estádio foi reforçada com 160 PMs.

"Mesmo que a Polícia militar estivesse aqui, poderia ter acontecido isso. Vamos analisar as imagens para saber se houve falha", afirmou o comandante do policiamento no estádio, Adilton Moreira. Representantes dos dois clubes invadiram o gramado para pressionar a arbitragem sobre o rumo do jogo. O presidente do Vasco, Roberto Dinamite, o vice-geral Antônio Peralta, e o diretor de futebol do Atlético, Antônio Lopes, discutiram sobre a continuidade ou não da partida. "Se continuar o jogo e acontecer alguma coisa, os responsáveis são eles. Não estão respeitando o que é mais importante: vidas. Não é o rebaixamento nem nada. Não estamos pensando em primeira ou segunda divisão. Estamos pensando em vidas", dizia o dirigente cruz-maltino.

"É só chamar o policiamento que tudo se resolve", rebateu o diretor de futebol atleticano, Antonio Lopes. Torcedores do Furacão ainda pediram ao presidente Mário Celso Petraglia para que a partida não continuasse.

O jogo

Nos primeiros toques de bola da partida, o Vasco tentou partir para cima, porém errando muitos passes não chegou perto de finalizar. Já o Atlético respondia bem nos contra-ataques, e logo nos primeiros minutos se viu à frente no placar Aos 4’, Paulo Baier cobrou falta da esquerda, Manoel subiu mais alto, e de cabeça fez o primeiro do Rubro-Negro na partida.

O gol fez o time carioca se espertar e ficar mais cuidadoso em campo, mas o time do técnico Adilson Batista seguiu pecando no toque de bola. O Furacão tentava tomar o controle da partida a todo custo. Até que iniciou a briga que culminou na paralisação do jogo e em cenas que abalaram atletas e torcedores.

Depois de 1h15 de paralisação, o árbitro Ricardo Marques Ribeiro optou pelo reinicio da partida. A atuação das duas equipes demonstrava abatimento com a briga na volta do jogo, que pouco mudou em comparação com o início. O Vasco seguiu tentando, mais ofensivo, porém errando bastante, e o Atlético contra-atacando sempre que podia.

Aos 40’, veio o empate do Vasco. O lateral Yotún cruzou da esquerda. Wéverton conseguiu espalmar, mas no susto Edmilson, na cara do gol, viu a bola bater em seu corpo e ir para o fundo da rede. Porém, a alegria carioca durou apenas três minutos.Em contra-ataque armado por Pauio Baier aos 43 minutos, o Maestro encontrou Éderson livre dentro da grande área, que cabeceou para a meta. Alessandro, caído no chão, só acompanhou a entrada da bola no gol.

"Tinha prometido o gol para um conhecido, mas não deu vontade de comemorar depois do que aconteceu", disse o artilheiro do Brasileirão, com 19 gols marcados.

Na volta do intervalo, o perfil do jogo se manteve. O Vasco, desesperado, se abriu em busca do novo empate que impediria o rebaixamento. Ao Atlético, coube o trabalho de administrar o resultado e aproveitar as chances de aumentar a vantagem.

Aos 14 minutos, o time do Rio de Janeiro conseguiu um arremate com Marlone, mas Wéverton, bem posicionado, impediu o segundo gol vascaíno. Aos 17’, veio novo golpe. Em mais um contra-ataque organizado por Paulo Baier, a bola passou por Éderson e chegou nos pés de Marcelo, que deixou o Furacão ainda mais perto do acesso.

Até o apito final, o Atlético cresceu, e ainda buscou o quarto gol. Aos 33’, Éderson chegou perto do 20º, em dois belos voleios defendidos por Alessandro. Aos 36’, ele mesmo conseguiu´marcar. Depois de arrancada de Felipe, que bateu cruzado, a bola fica nos pés do camisa 77, que desviou para fazer o segundo da partida. Ele ainda fez o terceiro, e o 21º no ano, aos 40’, depois de passe de Deivid.

Atlético 5 x 1 Vasco

Atlético x Vasco

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]