| Foto: Raul Arboleda/AFP

O avião que transportava a delegação da Chapecoense para a Colômbia e que caiu próximo a Medelín, nesta terça-feira (29), era do modelo BAe 146-200 (Avro RJ85), fabricado entre 1983 e 2002 pela britânica British Aerospace.

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A aeronave, de matrícula CP-2933, pertencia à empresa boliviana Lamia (Línea Aérea Mérida Internacional de Aviación) e voou pela primeira vez em 26 de março de 1999. Durante quase 18 anos, operou pela americana Northwest (1999-2007) e pela Air France e City Jet(2007-2010) antes de ser adquirida pela Lamia, em 2013.

Aposta da British Aerospace para o mercado regional, a aeronave com quatro motores jato teve relativo sucesso, especialmente na Europa, voando por companhias como Brussels Airlines, Air France (City Het) e Swiss. Ao todo, 387 unidades foram produzidas, incluindo as versões conhecidas como Avro, mais novas, desde 2002.

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O modelo tinha três variações (-100, -200 e -300), mudando basicamente o comprimento da aeronave e, consequentemente, a capacidade para passageiros.

Os custos operacionais dos quatro motores, porém, abreviaram a fabricação desses aviões. Concorrentes como Bombardier e a brasileira Embraer já tinham modelos mais econômicos e com melhor desempenho, fazendo com que a empresa britânica encerasse o projeto.

Até o início de 2016, mais de 50 unidades do BAe 146 ainda voavam por empresas aéreas de todo o mundo.

Anac proibiu avião de entrar no Brasil para buscar delegação da Chapecoense

A Chapecoense havia planejado ir num voo fretado para Medelín, mas a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) não permitiu. Segundo o órgão, foi realizada uma solicitação para levar a delegação, mas a autorização foi negada.

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Impossibilitados de fretar o avião, o time catarinense e um grupo de jornalistas embarcaram no aeroporto de Guarulhos nesta segunda-feira, em um voo comercial, para a Bolívia. De Santa Cruz de La Sierra, entraram no avião da Lamia, que caiu na madrugada desta terça-feira.

A Anac divulgou a seguinte nota:

“A Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) informa que a empresa boliviana Lamia Corporation solicitou autorização de voo à ANAC para o transporte do time de futebol Chapecoense que faria um torneio na Colômbia. O voo partiria do Brasil para a Colômbia, na segunda-feira, 29/11, segundo a solicitação. O pedido foi negado com base no Código Brasileiro de Aeronáutica (CBAer) e na Convenção de Chicago, que trata dos acordos de serviços aéreos entre os países. O acordo com a Bolívia, país originário da companhia aérea Lamia, não prevê operações como a solicitada.

Complementando a negativa do pedido, a ANAC informou ao solicitante do voo que o transporte poderia ser realizado por empresa aérea brasileira e/ou colombiana, conforme a escolha do contratante do serviço, nos termos dos acordos internacionais em vigor.

A ANAC se solidariza com os familiares das vítimas do acidente ocorrido nesta madrugada, 29/11, com o time da Chapecoense, nas proximidades de Medellín, na Colômbia.”

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