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O equatoriano Guerrón, que acabara de ser vaiado ao entrar em campo, marca o 4º gol e não comemora | Jonathan Campos/ Gazeta do Povo
O equatoriano Guerrón, que acabara de ser vaiado ao entrar em campo, marca o 4º gol e não comemora| Foto: Jonathan Campos/ Gazeta do Povo

Foram exatamente três minutos de vaias a cada toque na bola. Guerrón entrou aos 14 do segundo tempo, mas aos 17 recebeu de Marcinho na área e marcou um belo gol em um chute cruzado. O recomeço do equatoriano no Atlético em 2012 foi o quarto gol do Furacão na vitória por 5 a 0 sobre o Operário, ontem, na Vila Capanema.

Depois de fechar 2011 como o goleador do clube no Brasileiro (seis gols, o último no Atletiba, im­­­­pedindo o rival de ir a Li­­­ber­­­tadores, mas não o Rubro-Negro do rebaixamento), o jogador esteve muito próximo de deixar a Arena. Esteve na mira do São Paulo, mas a eleição de Mário Celso Petraglia como presidente do Atlético inviabilizou o negócio. Iria para o Sport, porém aí foi o dinheiro que emperrou.

A birra da torcida ontem veio pelas declarações a uma rádio equatoriana, no final de janeiro. Guerrón afirmava que queria deixar o clube para "continuar crescendo, não estagnar". Dessa mágoa de uma torcida que o carregou nos braços na chegada aos protestos, nasceu um gol sem comemoração. Mas foi a única atitude de descontentamento do atacante.

No campo, Guerrón mostrou um futebol que há muito não se via, com direito a drible da vaca, domínio de letra e a bela jogada de retribuição a Marcinho, que fechou a goleada.

"Agora estou bem e podendo contribuir e ajudar os companheiros. Fiquei muito tempo afastado, mas por uma lesão que me incomoda, uma lesão nas costas", afirmou o jogador, que tentou por fim a especulações de que poderá sair do clube.

"Muita gente falou que o Guerrón queria sair. Mentira. Tudo rumores. O dono da verdade sou eu e o Atlético. Eu só vou sair quando o Atlético disser que não precisa mais de mim."

A goleada também serviu para o Rubro-Negro esquecer a péssima estreia do time no segundo turno do Estadual. Reencontrar não apenas o bom futebol, mas o estilo impresso por Juan Ramón Carrasco à equipe neste começo de ano.

A marcação forte e obstinação ofensiva corroboram com a opinião do treinador e dos jogadores, de que o tropeço para o Lon­­­drina por 3 a 0 foi apenas uma exceção.

"Contra o Londrina foi uma fatalidade. Hoje o Atlético mostrou que entendeu a filosofia do Carrasco. Nós sempre vamos jogar para frente independente se for em casa ou fora", afirmou Marcinho, outro destaque da partida.

O meia-atacante fez também o segundo gol. Bruno Furlan, de pênalti, fez o primeiro, e Harrison, o terceiro. Todos esses no primeiro tempo, com o Furacão indo para o vestiário com 3 a 0 no placar.

Com tantas boas notícias ao Atlético, ainda fica o retorno de Paulo Baier, que ficou fora do time por cerca de um mês. Ele poderá participar da estreia do clube na Copa do Brasil, quarta-feira, contra o Sampaio Corrêa, em São Luiz-MA.

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