• Carregando...
 | Brunno Covello/ Gazeta do Povo
| Foto: Brunno Covello/ Gazeta do Povo

Confira um trecho de post de Alex no Facebook

"É meu último ano como jogador de futebol profissional. Joguei de 1995 até 2009 sem nenhuma lesão muscular. No ano de 2009 tive a primeira lá no Fener. Fiquei fora por 14 dias e perdi uma partida. No sábado diante do Fluminense tive uma dor violenta na panturrilha, a mesma que me tirou das primeiras partidas do Brasileirão. Aí começo a pensar que se ficar 14 dias fora corro o risco de ficar de fora de no mínimo 4 jogos. Tive 3 lesões musculares no Coritiba. Num período de um ano e meio, e aí fico me fazendo várias perguntas. É o treino? São os campos de treino? Os campos de jogos? O calendário? Minha idade e já ser como um carro muito rodado (e às vezes a manutenção é necessária?). Ou seria um mero acidente? [...] São perguntas que ainda não obtive resposta. [...]

Mas segue o baile!!!"

Alviverdes

Emprestados

Diogo Sodré chegou ao Coritiba no início de fevereiro como opção para o meio de campo, mas não chegou nem a estrear. Agora, foi emprestado ao Bragantino junto com o volante Marcos Paulo — que ficou famoso por ser a "surpresa" do então técnico Marcelo Oliveira no final da Copa do Brasil de 2011, contra o Vasco — até o final da Série B.

O calendário do futebol brasileiro que o meia Alex, do Coritiba, tem lutado tanto para mudar por meio do movimento Bom Senso FC, está cada vez mais transformando o próprio jogador em vítima. O capitão coxa-branca teve uma lesão na panturrilha esquerda no último jogo, contra o Fluminense, e um dos motivos apontados por ele foi o excesso de partidas. Levantamento feito pela Gazeta do Povo mostra que, de fato, quando atua muitas vezes seguidas, o atleta de 36 anos acaba se contundindo.

INFOGRÁFICO: Veja as maiores sequências de jogos de Alex desde que retornou ao Coritiba

É a terceira lesão muscular de Alex em um ano e meio na volta ao Coxa. Algo que impressiona o próprio camisa 10, pois nos 18 anos de carreira anteriores havia sofrido apenas um problema parecido. Algo que o fez indagar ontem pelas redes sociais os motivos.

O meia citou também a idade, os treinos e os campos ruins como possíveis razões. Mas fortes sequências de jogos têm precedido as lesões. No ano passado, ele aguentou bem os oito primeiros jogos no Paranaense, resultado da preparação de praticamente três meses após a sua contratação. Depois disso, o ritmo frenético começou a atrapalhar.

Antes da Copa das Con­­fe­de­­­­rações, disputou seis partidas seguidas do Brasileiro. Voltou da parada e esteve em campo em mais cinco oportunidades de forma ininterrupta. Na sequência, o aviso. Uma entorse no tornozelo direito o tirou de dois jogos. Quando voltou, contra o Vasco, no dia 11 de agosto, sofreu a primeira lesão séria, uma contratura muscular na coxa direita que o deixou cinco rodadas fora.

Ainda no ano passado, começou a ser poupado de alguns confrontos, especialmente fora de casa. Só teve uma sequência grande nos oito últimos jogos do Brasileiro, atuando no sacrifício, com uma lesão no pé, para ajudar o time a fugir do rebaixamento.

Em 2014, novamente o calendário esmagador apareceu. Após cinco partidas seguidas, incluindo Paranaense e Copa do Brasil, a segunda lesão muscular, na mesma panturrilha esquerda que lesionou agora. Mais cinco jogos ausente. Ao retornar, jogou 11 das últimas 12 partidas, sendo as sete mais recentes em sequência até sábado.

O primeiro jogo que perderá após a nova contusão será o de amanhã contra o Paysandu, em Marabá-PA, pela Copa do Brasil – no qual havia a possibilidade de ser poupado de qualquer maneira. O departamento médico alviverde não deu nenhuma estimativa de quanto tempo o atleta ficará afastado, mas a tendência é de que perca também pelo menos os confrontos diretos com Flamengo e Vitória, pelo Bra­­sileiro, jogos decisivos na luta do Coxa para sair da zona de rebaixamento.

Com o retorno do atacante Zé Love, que estava suspenso no duelo com o Fluminense, o técnico Celso Roth deve manter o meio de campo com Baraka, Germano, Nor­­berto, Robinho e Dudu – no Maracanã, Alex havia sido avançado para jogar como atacante.

A reportagem procurou ontem a diretoria do Coritiba para saber a posição do clube sobre o capitão do time ter citado também a rotina de treinos e os campos do CT da Graciosa como possíveis motivos das lesões, mas não conseguiu contato.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]