O Cruzeiro decidiu agir contra as suas próprias torcidas organizadas. Na noite de quinta-feira, o Conselho Deliberativo do clube aprovou a proibição do uso da marca do time - o que inclui o nome do clube e o distintivo - nos produtos comercializados pelas torcidas, como camisetas e jaquetas.
"Foi feito um abaixo assinado. Botamos em votação. Foi aprovado por unanimidade. A marca Cruzeiro está sendo proibida de ser usada pelas organizadas", explicou o presidente do Conselho Deliberativo do Cruzeiro, Wilmer Santa Luzia Mendes, em entrevista à Rádio Itatiaia.
A medida é uma ação direta contra a Máfia Azul e a Pavilhão Independente, que têm se enfrentado constantemente nos jogos do Cruzeiro. As duas torcidas brigaram no clássico contra o Atlético-MG e fizeram o clube perder um mando de campo.
Depois do jogo contra o Bahia, pela penúltima rodada do Brasileirão, as duas torcidas voltaram a se enfrentar nos arredores do Mineirão e a briga tomou proporção tamanha que o clube cancelou a grande festa que havia organizado para acontecer na sequência.
Ao tentar barrar o uso de referências à sua marca pelas organizadas, o Cruzeiro, que diz não dar nenhum suporte a elas, visa atingir as torcidas no bolso e, assim, enfraquecê-las. O clube tem planos de ampliar seu já bem sucedido projeto de sócio-torcedor.
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