A embaixadora do futebol feminino brasileiro, Marta, fez um apelo para que o Bom Senso FC também represente a modalidade que por anos vem pedindo melhores condições no Brasil. Em entrevista coletiva nesta segunda-feira na sede da Fifa, em Zurique, a finalista da Bola de Ouro da entidade defendeu uma aliança com os organizadores do grupo que questiona a gestão do futebol nacional.

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"Isso tem de ser analisado", disse Marta, admitindo que o futebol feminino precisa de mais apoio. "Se for para o bem do futebol feminino, temos de explorar essas situações que podem trazer melhorias para a modalidade", insistiu. "Estamos sempre visando o bem do futebol feminino", completou.

Marta tem usado os palcos da Fifa nos últimos anos para pedir melhores condições para o futebol feminino no Brasil. Mas seus apelos não têm sido correspondidos pela CBF. O atual campeonato nacional é deficitário, pena para encontrar apoio financeiro e a CBF recusou uma oferta do ministro do Esporte, Aldo Rebelo, que ofereceu ajuda do governo federal para a modalidade entre as mulheres. O motivo: queria manter a independência da instituição.

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"Não queremos cair no esquecimento", disse Marta. "É um momento para colocarmos nossas reivindicações e brigar um pouco mais por um espaço dentro de nosso país", disse. "Está claro que o futebol feminino pode evoluir no mundo. Por que não no Brasil?", questionou.

Marta acredita que a Copa do Mundo de 2014 pode trazer benefícios para o futebol feminino também. Mas tem uma leitura diferente de muitos na Fifa sobre o que ocorreu na Copa das Confederações. "As polêmicas sempre existem. Mas na Copa das Confederações foi tudo perfeito e tudo tranquilo. No final, deu tudo certo", disse. "Acho que vai acontecer o mesmo na Copa", completou.

Só um ponto seria considerado pela jogadora como um fator negativo para o Brasil: ver Lionel Messi levantar a taça da Copa no Brasil, em julho, com a camisa da seleção argentina. "Até 'passo mal' com essa pergunta. Seria um pesadelo", disse.

PROTESTO - Marta ainda se queixou da violência nas manifestações no Brasil. "Sou a favor do progresso. Tudo é valido. Mas depende de como estão fazendo as reivindicações", disse, apontando para a forma "negativa e destrutiva" de alguns protestos. "A essas pessoas eu não me juntaria. Mas aqueles que querem um futuro melhor, sim", completou.