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Atlético e Coritiba estão fora da Primeira Liga. A decisão foi oficializada pelos clubes nesta terça-feira (22), após assembleia da liga em Belo Horizonte. O principal motivo é o modelo de divisão dos direitos de transmissão do campeonato. Em nota, a liga confirmou que os dois times paranaenses, além de não disputarem a próxima edição, também se desligaram da entidade.

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Coxa e Furacão pregavam que o rateio da verba televisiva fosse feito seguindo o modelo inglês: 50% entre todos os participantes; 25% por audiência e 25% para premiação. O acordo firmado com a Rede Globo, no entanto, tinha 46% do montante dividido entre os 16 times participantes, 31,5% para audiência e 22,5% para premiação. A oferta era de cerca de R$ 70 milhões para três temporadas.

Inicialmente, o Coritiba não queria radicalizar e deixar a liga, tanto que a diretoria alviverde, após reunião do G5, definiu de forma unânime que ficaria no campeonato qualquer que fosse o resultado da assembleia. No entanto, o clube voltou a atrás e fez o anúncio no Twitter.

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Procurado pela reportagem, o presidente do Atlético, Luiz Sallim Emed, disse que não se surpreendeu com a decisão e lamentou a perda de uma chance de mudar o esporte no país.

“Não me surpreendo com o desfecho. O que posso afirmar é que nossas propostas não foram atendidas e só nos restou essa alternativa. O Coritiba também entendeu que deveria sair. Lamentavelmente era uma oportunidade para criamos um novo caminho no futebol, com outros atores, mas não deu certo”, disse o dirigente.

Rogério Bacellar, presidente do Coritiba, seguiu a mesma linha em comunicado no site oficial. “Saímos da Primeira Liga por não concordar com as regras propostas. Não aceitamos a diferenciação e distinção entre os clubes. Queremos algo que seja bom para todos”, disse.

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Mario Celso Petraglia, presidente do Conselho Deliberativo atleticano, não quis se pronunciar. Ao blog mineiro Toque di Letra, o dirigente disparou contra a destruição dos princípios da liga. Atlético e Coritiba eram fundadores do torneio, que era um concorrente direto dos estaduais.

Agora, especula-se que o calendário da competição seja transferido para agosto. “Não foi pela divisão das cotas de tevê. Destruíram todos os princípios que basearam a criação da Primeira Liga”, disse.