Carlos Luna passou pelo Rio Branco em 2015 no Campeonato Paranaense.| Foto: Jales Valquer/Folhapress

O Rio Branco de Paranaguá se viu envolvido, indiretamente, na Operação Game Over, do Departamento Estadual de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). O ex-goleiro Carlos Luna, com passagem pelo Alvirrubro no ano passado, foi um dos sete detidos na ação que combate fraudes nos resultados de jogos de futebol.

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Luna foi encaminhado para depoimento usando um moletom da equipe do litoral do Paraná, imagem que rodou o país e apareceu no Jornal Nacional, da Rede Globo, na quarta-feira (6). Questionado sobre o esquema, o ex-atleta declarou que sempre foi honesto e não teve participação. A polícia não informou qual a atuação do ex-jogador de 33 anos na fraude.

“Foi uma surpresa muito negativa. Ele [Carlos Luna], aliás, deveria ter devolvido a roupa do clube. Agora, não podemos julgar, é preciso esperar. De certo que, na passagem pelo Rio Branco, nunca soubemos de algo ilegal que tenha cometido. Mas é bom para ficarmos atentos”, comenta Tiago Campos, presidente do Rio Branco de Paranaguá.

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Os envolvidos com a máfia de apostas no futebol brasileiro serão denunciados na próxima semana por formação de quadrilha e manipulação de resultados. A informação foi do promotor Paulo Castilho. Os crimes preveem penas de até 10 anos de prisão.

O esquema, investigado há nove meses por meio da Operação Game Over, aliciava jogadores, técnicos e dirigentes para “fazer” resultados de partidas das Séries A2 e A3 do Paulista e competições no Norte e Nordeste. Os chefes da organização são asiáticos, sediados na Indonésia, Malásia e China.

Será pedido à Justiça que as prisões temporárias seja transformadas em preventivas. “Pretendemos descobrir as ramificações, que são os aliciadores e a quantidade de clubes envolvidos”, disse o delegado Mario Sergio Pinto.

Segundo as investigações os aliciadores ofereciam de 20 a 30 mil dólares para convencer potenciais aliciados a colaborar com o esquema. Até agora são oito presos. E também são investigados campeonatos no Acre, Maranhão e há indícios envolvendo o Paranaense e o Mato-Grossense.