O River Plate conseguiu segurar um empate sem gols contra o Tigres nesta quarta-feira, no Estádio Universitário, no México, e espera contar com o apoio da torcida no segundo jogo da final da Taça Libertadores, na Argentina, para voltar a conquistar o torneio continental após 19 anos.

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Apesar da pressão dos donos da casa durante boa parte dos 90 minutos, os comandados de Marcelo Gallardo foram pouco ameaçados. O Tigres criou uma única grande oportunidade em cada tempo. No primeiro, Arévalo Rios cruzou e acertou o travessão de Barovero após desvio de Vangioni. Na etapa final, Damm saiu livre na cara do goleiro, tentou o drible e acabou perdendo o ângulo.

Com o resultado, os ‘Millonarios’ jogam por uma vitória simples para conquistar a competição continental pela terceira vez na história. Qualquer triunfo também dá o inédito título ao Tigres. Outro empate, independentemente do placar, leva a decisão aos pênaltis, já que o critério dos gols fora de casa não vale na final da Libertadores.

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A grande final está marcada para a próxima quarta-feira, no Estádio Monumental de Núñez, em Buenos Aires. Apesar da pior campanha na primeira fase, o River foi beneficiado pelo regulamento da Conmebol e por isso poderá decidir o título com o apoio de sua torcida. Além disso, já está classificado ao Mundial de Clubes mesmo se for derrotado, pois o Tigres pertence à Concacaf.

Invicto em casa na atual edição do torneio, o Tigres foi surpreendido no início de jogo, quando o River decidiu partir para o ataque. Depois dos 15 minutos iniciais, porém, os anfitriões retomaram o controle da partida e começaram a ameaçar a meta defendida por Barovero.

A torcida argentina tomou o primeiro susto aos 17. Arévalo Rios cruzou da direita, a bola desviou em Vangioni, encobriu o goleiro e tocou caprichosamente no travessão antes de ser afastada pela zaga.

O goleiro dos ‘Millonarios’ precisou trabalhar três minutos depois, aos 20. Damm, uma das grandes contratações recentes do Tigres para o fim da temporada, também explorou o lado direito do ataque e cruzou na medida para Rafael Sóbis, livre, tocar de cabeça, obrigando Barovero a fazer grande defesa.

O ímpeto da equipe mexicana foi contido pelo forte esquema defensivo do River. Com três volantes, a estratégia montada por Gallardo conseguia impedir a criação de jogadas e evitar novas oportunidades de gol para o adversário.

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A tônica do primeiro tempo se repetiu na etapa final. Apesar de dominar a posse de bola, o Tigres não conseguia pressionar e ameaçar os visitantes. Já o River, satisfeito com o resultado, continuava se defendendo e pouco forçava nos contra-ataques.

Já perto do fim, aos 38 minutos, o Tigres desperdiçou a grande chance do jogo. Dueñas, que tinha entrado no segundo tempo para melhorar o meio-campo dos donos da casa, deu belo passe em profundidade para Damm. Vangioni tentou cortar e furou, deixando a bola livre para o mexicano, que tentou driblar Barovero, ficou sem espaço e acabou forçando equivocado um cruzamento na sequência.

Empolgado com o lance e empurrado pela torcida, o Tigres aumentou a pressão em busca do gol. Aos 44, Gignac recebeu dentro da pequena área, mas estava cercado pelos defensores do River. Após o recuo, Jímenez chutou cruzado, mas acertou outro jogador argentino.

Os erros cometidos ao longo dos 90 minutos voltaram a se repetir e deixaram a decisão para o duelo da volta na Argentina.