A Gazeta do Povo voltará à África do Sul quase um ano depois de o país abrigar pela primeira vez uma Copa do Mundo de futebol. Hoje, parte da equipe que esteve no continente africano entre junho e julho de 2010 retorna para tentar mostrar o que, efetivamente, significa para um país receber uma das maiores competições do mundo.
Daqui a três anos será a vez de o Brasil abrir as portas para o torneio. Assim, a ideia principal dessa viagem é trazer informações que possam deixar o leitor mais à vontade para comentar e opinar sobre a competição cujos gastos de organização são astronômicos para um país que, como a África do Sul, tem problemas na saúde pública, educação e distribuição de renda. Valerá a pena o investimento? Valeu a pena para 2010 o gasto de 40 bilhões de rands (cerca de R$ 10 bilhões)? O material colhido será publicado em um caderno especial, a ser publicado na data comemorativa do primeiro aniversário da competição africana.
Foram escalados para retornar ao palco da Copa o repórter Marcio Reinecken e o repórter fotográfico Albari Rosa. A dupla sairá hoje de Curitiba, chegando amanhã cedo a Johannesburgo. Já em seguida, sem muitos intervalos, colocam o pé na estrada. Serão oito cidades visitadas em 12 dias de expedição sem contar o tempo de ida e volta para o Brasil. Os cinco primeiros trechos serão via terrestre; o restante, aéreo.
Há cerca de um ano, também coube aos dois trazer ao leitor da Gazeta um pouco mais além da bola rolando. Em reportagens especiais, mostraram um pouco da pobreza e da riqueza de uma população que vive em um país de extremos. As feridas abertas ou que ainda cicatrizam a Aids, o racismo. E a cultura, um tanto diferente da brasileira, embora a África do Sul tenha bem mais semelhanças do que diferenças com o nosso país.
Assim, percorrendo centenas de quilômetros com um carro, GPS, bloco e câmera fotográfica, sairam matérias que até hoje são lembradas com carinho e, às vezes, um certo temor. Por vezes, a dupla foi obrigada a sair correndo, antes do tempo que haviam estipulado para a apuração, para evitar o pior. "A feira das Ervas Zulu foi um bom exemplo. Saímos intactos de lá e de várias outras situações alguns outros repórteres brasileiros não deram a mesma sorte", revela Reinecken.
A violência foi, antes mesmo da partida, o que preocupou e continua preocupando mais. É também o que causa maior curiosidade e deverá servir como uma espécie de balança para esse intervalo de um ano. Afinal, no Mundial, a criminalidade foi diminuída drasticamente. Agora, a comparação com a situação atual deverá um bom ponto de partida para se saber até onde um evento mundial tão grandioso tem o poder de transformar uma nação. Ou se todo esse discurso serve apenas para mascarar um estado que é passageiro, de certa forma até enganoso, como uma espécie de oásis no meio de um deserto.
Outra curiosidade tem a ver com o transporte coletivo em evolução na época da competição e os articulados copiados de Curitiba. Será que a moda pegou? E os magníficos estádios? Viraram Elefantes brancos?
Saberemos em breve.
-
Bônus para juízes, proposto por Pacheco, amplia gasto recorde do Brasil com o Judiciário
-
Polícia política de Lula agora quer calar o X
-
Pacheco rebate Haddad e diz que Congresso não tem de aderir ao Executivo
-
Jogamos o “Banco Imobiliário” do MST e descobrimos que é mais chato que ver arroz orgânico crescer
Deixe sua opinião