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Atualizado em 27/11/2006 às 18h02

O advogado Domingos Moro está de volta ao departamento de futebol do Coritiba. Pelo menos foi o que anunciou o presidente do clube, Giovani Gionédis, durante a coletiva concedida à imprensa às 15h no Couto Pereira e que durou pouco mais de uma hora. Com isso, Gionédis pôs fim às especulações acerca da sua própria renúncia, como pediram os torcedores e membros da oposição. Moro, que está no Rio de Janeiro, não confirmou, nem negou a informação. O advogado assegura que vai se pronunciar oficialmente na quarta-feira, quando retorna a Curitiba.

O Verdão chegou à Libertadores de 2004 e conquistou títulos paranaenses na gestão em que Domingos Moro comandou o departamento de futebol alviverde. No mesmo ano, um desentendimento com a direção do clube acarretou a saída do dirigente por motivos que nunca ficaram claros. O seu retorno, com "carta branca" para fazer o que julgar necessário, se dá em um crítico momento do clube, e a partir de quarta-feira, quando o advogado retorna do Rio de Janeiro, Moro tenta arrumar a casa. Desta forma, o atual dono do posto, Capitão Hidalgo, deve se desligar do Coritiba ainda nesta semana.

A volta de Moro foi a revelação mais bombástica de Gionédis durante a sua entrevista coletiva. O presidente do Coxa manteve o discurso de não renunciar, e reconduzir a equipe à Primeira Divisão ainda em sua gestão, que termina no fim de 2007. Ainda no campo político, Gionédis desdenhou a oposição, que pede a sua saída do comando do clube.

Para derrubar um dos dois pedidos de impeachment feito contra ele, o presidente apresentou um exame grafotécnico que comprova que as assinaturas em documentos da última eleição são mesmo do ex-presidente Evangelino da Costa Neves. O próprio Evangelino havia dito que a sua assinatura fora falsificada, mas depois voltou atrás.

Gionédis também assegurou que já pediu a ação do conselho deliberativo coxa-branca contra alguns "abusos" da oposição, sem entrar em detalhes. Com isso medidas severas envolvendo alguns conselheiros, entre eles estaria o ex-presidente João Jacob Mehl, estariam em curso, e a expulsão dos opositores que feriram o estatuto do clube não estão descartadas, segundo o presidente do Coxa.

No campo do futebol, a única confirmação é a saída do técnico Paulo Bonamigo. Nomes como Luiz Carlos Barbieri e Vagner Benazzi estão sendo especulados para comandar a equipe. As decisões sobre quais jogadores saem e possíveis reforços só devem ser anunciadas após Moro assumir o departamento.

Domingos Moro não confirma retorno ao Coxa

Procurado no Rio de Janeiro, Domingo Moro minimizou as declarações de Giovani Gionédis acerca do seu retorno ao departamento de futebol do clube. O advogado confirmou o convite oficial feito pela direção para que retorne, mas não assegurou que tenha aceito.

"Não seria ético da minha parte comentar algo sem sequer estar em Curitiba. Estou trabalhando no Rio de Janeiro e quando retornar, na quarta-feira, irei me pronunciar oficialmente sobre o assunto", comentou Moro, em entrevista à Rádio Banda B.

Sobre sua possível volta, o ex-dirigente alviverde afirma que não teme o conturbado momento por que passa o time, mas que está estudando a sua atual situação profissional, na qual ganhou prestígio ao defender clubes paranaenses e de fora do estado no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD).

"Quando saí do clube nunca imaginei que viveria este momento, defendendo times paranaenses e de outros estados. Era algo inimaginável para um advogado desportista paranaense, e é algo que não se joga fora da noite para o dia", finalizou.

Leia mais: Sem polemizar, Tico Fontoura mantém expectativa pela saída de Gionédis

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