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Para a história: titular do São Paulo há mais de uma década, Rogério Ceni vê a bola chutada por Marcelinho em escanteio estufar a rede do Morumbi | Jose Patricio/Agência Estado
Para a história: titular do São Paulo há mais de uma década, Rogério Ceni vê a bola chutada por Marcelinho em escanteio estufar a rede do Morumbi| Foto: Jose Patricio/Agência Estado

Coritiba 100 anos

Faltam 4 dias - 8 de Outubro

... Em 1939, no estádio do Juventus, no Batel, Coritiba e Ferroviário empatam por 3 a 3. O resultado deu ao clube do Alto da Glória o seu sexto título regional. Neste dia, o Alviverde entrou em campo com Ary; Borges e Augusto; Cizico, Bibique e Warde; Joãozinho, Pio, Busch, Sardinha e Saul. Na decisão estadual, o Coritiba venceu o Pinheiral de Palmeira por 4 a 2 e 10 a 0.

... Em 1975, Krüger defende o Alviverde pela última vez, na partida frente ao Figueirense, pelo Campeonato Brasileiro.

... Em 1997, Coritiba e Palmeiras empatam por 1 a 1. O gol do time paulista foi assinalado no último minuto de jogo pelo meia Alex, ex-atleta do Alviverde.

... Em 2002, no Morumbi, o meio-campista coritibano Lúcio Flávio chuta do seu campo de defesa, tentando encobrir o goleiro são-paulino Rogério Ceni, mas a bola bate no travessão e sai.

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O empate por 2 a 2 contra o São Paulo, no Morumbi, não agradou plenamente, mas ao menos trouxe uma certeza ao Coritiba: se continuar nessa toada, a equipe acabará a competição entre os dez pri­­­meiros do Brasileirão. Ainda na luta para se livrar do risco de rebaixamento, o Coritiba jogou de igual para igual contra o Tri­­co­lor paulista, vice-líder da competição. Mostrou bom futebol, personalidade e confiança. Só precisa um pouco mais de atenção e sorte.

O Alviverde saiu perdendo por uma falha defensiva, virou ainda na primeira etapa, sofreu o empate no começo do segundo tempo, mas não fosse a trave, nos acréscimos, em um chute de Mar­cos Aurélio, voltaria com os três pontos.

"Foi a nossa chance, mas faltou sorte. O empate seria bom para a gente, mas pelas circunstâncias acabou sendo bom mesmo para o São Paulo", afirmou o zagueiro Pereira. "Poderíamos ter matado o jogo. No segundo tempo entramos um pouco desatentos. Dava para ser melhor, mas é um grande resultado empatar no Morumbi", disse Carlinhos Paraíba.

O Coritiba chegou aos 34 pontos e permanece, pela sétima rodada seguida, na 15.ª posição. Antes do fechamento da rodada – que tem Botafogo e Atlético-MG, hoje, no Rio de Janeiro – tem seis pontos de diferença para a zona de rebaixamento. Mas o desempenho em campo já faz Ney Franco começar a pensar em novos objetivos e rumos.

"Se mantivermos essa performance, com certeza temos chance de chegar à Sul-Americana. Não posso garantir, mas acho que terminamos entre os dez primeiros", analisou o técnico. "Todo o grupo está envolvido nesse objetivo. Os jogadores estão se entregando, focados no trabalho. Que­­remos entrar novembro sem o fantasma do rebaixamento para começar a planejar a próxima temporada. Até porque estamos trabalhando sob muita pressão."

Quem parece não se importar com isso, no entanto, é Mar­­celinho Paraíba. Ontem, o jogador marcou o gol mais bonito do jogo, olímpico, após um escanteio da direita do ataque coxa. Lance que ele treina desde sua chegada no Alto da Glória. E que o coloca mais próximo da artilharia, com 13 gols.

"Esse vou colocar no meu DVD. Para mostrar depois para os meus netos", afirmou o camisa 9, novamente um dos melhores em campo.

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Autoinspiração quase leva o Coxa à vitória em SP

O Coritiba voltou a mostrar fora de casa o futebol que o fez vencer o Fluminense (3 x 1 ), no Mara­­ca­­nã, na estreia de Ney Franco, e empatar com o Goiás (2 x 2), no Serra Dourada. Foram estes jogos que o treinador coxa-branca usou na preleção para mostrar a seus atletas que era possível repetir longe do Couto Pereira o desempenho que a equipe tem tido com o apoio da torcida.

A vitória só não veio pois o time alviverde esperou o São Paulo abrir o marcador para acordar. O gol do Tricolor saiu aos 23 minutos, quando Leandro Donizete se viu cercado próximo da área coritibana e, ao invés de dar um chutão, tocou mal para trás. Hernanes antecipou-se a Jaílton, driblou o volante já na área e chutou. A bola ainda ba­­teu em Édson Bastos antes de entrar.

Então o Coritiba começou a tocar a bola, se movimentar no espaço vazio e criar as oportunidades. Na primeira delas, Car­linhos Paraíba recebeu na frente da área, levou a bola para o pé esquerdo e chutou forte. Rógério Ceni rebateu e Renatinho chutou rasteiro, cruzado, no canto esquerdo de Rogério Ceni para empatar.

A virada veio com um gol olímpico de Marcelinho Pa­­raíba, aos 41 minutos. Mas com o intervalo, novamento o Cori­­tiba demorou para se acertar e cedeu o empate. Dessa vez foi Washington, que acabara de entrar. O Coração Valente completou o rebote para o meio da área de Édson Bastos, após chute de Oscar.

O jogou ficou aberto no fim. Os times de Ney Franco e Ri­­cardo Gomes acabaram a partida com três atacantes cada. As chances surgiram. Não foi o suficiente para mais gols – mas Marcos Aurélio, nos acréscimos, ainda acertou a trave do São Paulo.

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Em São Paulo

São Paulo

Rogério Ceni; Zé Luis, André Dias (Oscar) e Rodrigo; Adrián González, Jean, Hernanes, Hugo (Marlos) e Jorge Wagner; Borges (Washington) e Dagoberto.

Técnico: Ricardo Gomes.

Coritiba

Edson Bastos; Pedro Ken (Thiago Gentil), Jéci, Pereira e Luciano Amaral (Marcos Aurélio); Leandro Donizete, Jaílton, Renatinho e Carlinhos Paraíba; Marcelinho Paraíba e Ariel (Bruno Batata).

Técnico: Ney Franco.

Estádio: Morumbi. Árbitro: Carlos Eugênio Simon (RS-Fifa). Gols: Hernanes (S), aos 23/1º, Renatinho (C), aos 37/1º, Marcelinho Pa­­raíba (C), aos 41/1º, Washington (S), 21/2º. Ama­­relo: Jéci (C), Pereira (C), Dagoberto (S), Thiago Gentil (C), Adrián González (S), Marcos Aurélio (C). Público: 16.612 pagantes. Ren­­da: R$ 394.910,00.

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