| Foto: Antonio Costa / Gazeta do Povo

O goleiro Rodolfo , do Atlético, saiu direto do CT do Caju para uma clínica de reabilitação para dependentes químicos nesta quinta-feira (2), dia em que falou pela primeira vez após ser flagrado no exame antidoping por uso de cocaína – na derrota por 2 a 0 para o CRB, em Maceió, dia 9 de junho.

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A previsão é de cinco semanas de internamento em regime fechado – mas com a possibilidade de receber visitas. Rodolfo também sairá da clínica para o julgamento no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), no Rio de Janeiro, em data ainda a ser definida.

"Sou dependente químico faz um tempo já. E agora pedi ajuda ao clube, porque estava precisando. Tenho de agradecer muito aos psicólogos [do Atlético] e vou dar o meu máximo para sair dessa situação", declarou Rodolfo em pronunciamento – os repórteres presentes ao CT do Caju não puderam fazer perguntas a ele.

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O goleiro de 21 anos disse que buscará motivação na família para encarar o tratamento. "Essa recuperação vai ser muito importante porque tenho dois filhos. Meu pensamento é neles e a recuperação vai ser pensando neles", afirmou.

O advogado do Atlético, Domingos Moro, defenderá o jogador no STJD. "Ele vai ser punido e sabe disso. Não vai ter mágica. A punição agora é o que menos importa", disse Moro, acreditando na possibilidade de outro exame feito por Rodolfo na sequência dar positivo.

Mesmo no banco de reservas, ele foi pego no exame anti-doping na partida contra o Ceará, no dia 23 de junho. Está sendo feita uma contra-prova. "Se ele foi sorteado, esse exame dará positivo. Há reincidência sim, o que é um agravante no caso dele", completou. "Segundo a legislação internacional, na reincidência, pode haver o banimento. Não estamos pensando nessa possibilidade, mas ela existe."

O advogado explicou que há a possibilidade de banimento do futebol. Mas lembrou um caso que deve servir como referência, no qual a pena não foi tão dura assim: o do atacante Jobson, flagrado duas vezes no antidoping quando defendia o Botafogo no Brasileiro de 2009 – o jogador admitiu ter usado crack, droga à base de cocaína. Ele foi punido com dois anos de suspensão.