Grandes evitam falar de sucessão

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O conturbado momento atual da Federação Paranaense de Futebol pouco mexeu com Atlético, Coritiba e Paraná. Em tempos de licença e afastamento (provisório) do presidente da entidade, Onaireves Moura, e das primeiras movimentações do que promete ser uma corrida sucessória agitada (a eleição será em abril de 2008), João Augusto Fleury da Rocha, Giovani Gionédis e José Carlos de Miranda preferem aguardar para então tomar uma posição clara sobre os rumos do futebol paranaense.

Entre a indiferença do Rubro-Negro e o voto de confiança do Alviverde, destaca-se o nome do comandante tricolor como uma possível candidatura para assumir a FPF. Entretanto, Miranda desconversa sobre uma intenção nesse sentido. "Todas as pessoas que passaram por grandes clubes têm condições", declara. Enquanto isso, o comandante quer ouvir a defesa de Moura e aproveita para elogiar o presidente interino Aluízio José Fereira. "Ele não teve tempo suficiente para se defender, foi muito abrupto. Sobre o interino, tenho as melhores informações".

Para o mesmo sentido aponta Giovani Gionédis. "São fatos que estão sendo apurados. O Moura tem sua versão que deve ser respeitada antes de qualquer julgamento definitivo", disse, deixando no ar que o Coxa pode até ter um candidato no ano que vem. Se os atuais problemas do estádio da FPF, lacrado a pedido do Ministério Público do Paraná, atrapalham o projeto da arena coxa-branca, ele esclarece: "Não, porque ele será demolido. O Pinheirão foi lacrado por deficiência de segurança e questões documentais. Como essa estrutura que está lá vai cair".

Por fim, o Rubro-Negro adota a posição mais cautelosa entre os três. Para Fleury, Moura licenciou-se por iniciativa própria, e quanto à decisão do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), que o suspendeu por três anos e dois meses do futebol, ainda cabe recurso. "Creio que não seja o tempo de tratar da sucessão. E no mais, vejo uma corrida oposta à sala da federação, uma entidade em estado de insolvência", declara.