| Foto: Reuters

O Grupo Virgin, do empresário britânico Richard Branson, fez uma oferta pela equipe Honda da Fórmula 1, disse nesta terça-feira à Reuters uma fonte próxima à montadora japonesa. "Fizeram uma oferta para comprar a equipe", disse a fonte, que pediu anonimato.

CARREGANDO :)

Uma assessora de imprensa de Branson recusou-se a comentar a informação, limitando-se a dizer que o grupo Virgin é "constantemente citado em especulações e rumores". A Honda também não se pronunciou sobre a "especulação".

Se confirmada, a oferta poderia suplantar a aquisição que está sendo planejada pelo atual diretor-executivo da equipe, Nick Fry, pelo dirigente Ross Brawn e por três outros executivos da Honda Racing.

Publicidade

Por causa da crise econômica mundial, a Honda anunciou no final de 2008 que não pretende manter sua equipe de Fórmula 1. Os demais integrantes da categoria têm interesse em evitar sua falência, para não deixar o grid esvaziado na temporada de 2009, que começa em 29 de março, em Melbourne.

A Honda emprega cerca de 700 pessoas, inclusive o piloto Jenson Button. Caso a equipe seja mantida, o companheiro de equipe dele deve ser o brasileiro Bruno Senna. A decisão da fábrica japonesa sobre o destino da equipe deve sair nos próximos dias.

Em 2002, a Virgin Mobile, parte do grupo de Branson, patrocinou a equipe Jordan. A Virgin Atlantic Japan também patrocina há quatro anos o piloto Takuma Sato, que está desempregado.

Branson é amigo e sócio de Adrian Reynard, cofundador da equipe BAR, que virou a Honda em 2006. A fonte, no entanto, não sabe se Reynard está envolvido na possível transação.

Com mau desempenho na categoria, a Honda lutava para conseguir patrocínio. Na temporada passada, a fábrica colocou 300 milhões de dólares do próprio bolso, ficando apenas em nono lugar no Mundial de Construtores.

Publicidade

A Honda anunciou sua saída num momento em que a Fórmula 1 discute cortes de gastos, que podem ser mais incisivos a partir de 2010.

Max Mosley, presidente da FIA (Federação Internacional de Automobilismo) defende a presença de equipes independentes que sejam capazes de disputar uma temporada com 50 milhões de euros (63,23 milhões de dólares), quantia que poderia ser coberta com o faturamento da categoria e com patrocínios modestos.