Diego Maradona não poupou críticas aos dirigentes da Associação do Futebol Argentino (AFA) nesta quarta-feira (28), ao comentar sobre a sua saída do cargo de técnico da seleção. Um dia após a confirmação de que não teria o seu contrato renovado, o ídolo argentino demonstrou indignação e acusou Carlos Bilardo, diretor de seleções da AFA, de traição.
"Estou muito triste e ferido", disse Maradona, que leu um comunicado e não permitiu perguntas aos jornalistas. "Grondona mentiu para mim, Bilardo me traiu", acusou o ex-técnico da seleção, citando também Julio Grondona, presidente da AFA. Apesar da revolta, o craque deixou claro que tinha a intenção de seguir no cargo.
"Me chamaram para apagar um incêndio, o apagamos, e quando podíamos trabalhar com mais tempo e tranquilidade acontece isto que se passou nas últimas horas", afirmou Maradona. O treinador se refere à reunião que teve ainda na segunda com Grondona. Nela o mandatário da AFA teria pedido para que Maradona tirasse sete membros de sua comissão técnica. O craque, por sua vez, não aceitou mexer em seus homens de confiança.
Insatisfeito com a maneira como foi tratada a sua renovação após a Copa do Mundo da África do Sul, Maradona ainda deixou um aviso para o próximo técnico. "Assuma quem assuma a seleção, que saiba que a traição está ao virar a esquina. Há pessoas que não querem o bem do futebol argentino e só cuidam de seus interesses pessoais", acusou.
Mais do que Grondona, Bilardo é um antigo desafeto de Maradona. O atual dirigente era o técnico da seleção na Copa de 1986, quando o ex-jogador foi o principal astro do time e liderou a equipe ao título. Agora, a seleção argentina será comandada interinamente por Sergio Batista, treinador das equipes de base.
- Maradona não entra em acordo e deixa seleção argentina
- Batista quer ser efetivado como substituto de Maradona
-
Acordo do governo para reonerar folha de pagamento sela derrota do Congresso
-
Dívida do Brasil aumentou mais de R$ 1 trilhão, mas Lula não quer discussão
-
Haddad contraria Tebet e diz que não há espaço para desvincular aposentadorias ao salário mínimo
-
“PIB zero” e R$ 19 bilhões para reconstrução: as perspectivas do Rio Grande Sul após tragédia