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Feliz no Coritiba, Jaílton quer permanência no clube e subida na tabela do Brasileirão | Marcelo Elias / Agência Gazeta do Povo
Feliz no Coritiba, Jaílton quer permanência no clube e subida na tabela do Brasileirão| Foto: Marcelo Elias / Agência Gazeta do Povo

Ney Franco define a equipe no coletivo desta sexta-feira

O técnico Ney Franco promete definir e divulgar nesta sexta-feira, após o coletivo desta sexta-feira no Couto Pereira, o time que vai enfrentar o Grêmio no domingo. A volta do zagueiro Jéci já está confirmada, mas o substituto do suspenso Jaílton no meio-campo ainda não. No treino desta quinta-feira, o comandante coxa-branca testou Makelele e Pedro Ken na função de volante. Na esquerda, o condicionamento físico pesou contra Luciano Amaral e Renatinho tende a ser mantido no setor. Já no ataque, Marcos Aurélio agradou e pode entrar no lugar de Bruno Batata, fazendo dupla com Marcelinho Paraíba.

"Fizemos um treinamento tático hoje, fiz algumas experiências. No lugar do Jaílton testei o Makelele e depois puxei o Pedro Ken, colocando o Thiago Gentil mais adiantado no meio. O Luciano estava parado, está um pouco debilitado, perdeu dois quilos, então vamos aguardar o treino de amanhã para definirmos a equipe e passarmos a vocês", afirmou Ney Franco. Opção para o ataque, Rômulo será observado e, se não sentir nada, deverá pelo menos compor a delegação.

O "substituto de Rodrigo Mancha" está feliz. Rotulado assim pelo então diretor de futebol do Coritiba, Homero Halila, Jaílton chegou ao Alto da Glória avalizado por René Simões, mas levantando muita desconfiança por parte da torcida e da imprensa. O sergipano de 27 anos não se assustou com esta pressão extra. Já estava acostumado, sobretudo por ter passado por oito agremiações antes do Coxa, duas delas no futebol carioca (Flamengo e Fluminense).

"No início foi mais difícil pela questão do clima mesmo, mas no futebol eu já conhecia a comissão técnica, alguns jogadores, e isso facilitou muito para mim. Agora estou bem a vontade, bem adaptado a cidade e ao clube. Cheguei para substituir um ídolo da torcida que era o Mancha, uma grande pessoa e um grande jogador, então era esperada esta desconfiança, mas mostrei dentro de campo que sou um cara disposto a ajudar o Coritiba", disse o jogador, em entrevista à Gazeta do Povo.

Assim como Rodrigo Mancha, que foi para o Santos, Jaílton tem facilidade para jogar como volante e também na zaga quando necessário. Esta polivalência fez com que o atleta não perdesse pontos com a mudança no comando técnico do Verdão, com a troca de Simões por Ney Franco.

"Ajudou conhecer o Ney também, trabalhei com ele entre 2005 e 2007, já conhecia a forma dele trabalhar e até ajudei outros jogadores que não o conheciam, que não haviam trabalhado com ele, a saberem um pouco mais. Todos absorveram bem essa maneira dele trabalhar, tanto que os resultados estão aparecendo, ganhamos bem mais do que perdemos e a tendência é seguir melhorando", explicou.

De fato, Ney Franco pegou o Coritiba na zona do rebaixamento e fez com que o clube se afastasse da degola, além de capitanear várias ótimas atuações da equipe, como a vitória sobre o Internacional e o empate com o São Paulo dentro do Morumbi. A produtividade alviverde, embora arranhada pelo revés mais recente diante do Barueri, faz Jaílton crer que o clube vai abocanhar uma vaga no G-10 até o fim do Brasileirão.

"Estamos cientes de que a situação ainda não é tão confortável, estamos a cinco pontos da zona do rebaixamento e poderíamos ter aumentado a distância se não tivéssemos perdido para o Barueri. Mas com o trabalho que vem sendo feito, acho que a equipe tem grandes chances de se aproximar dos times que estão a frente e vejo o time terminando entre os 10 primeiros com certeza".

Futuro e futebol carioca em pauta

Suspenso pelo terceiro cartão amarelo, Jaílton é desfalque certo no Coritiba que vai ao Olímpico encarar o Grêmio neste domingo. O retrospecto recente longe do Couto Pereira faz com que o volante confie em um bom resultado para o Alviverde. Mais do que os três pontos, uma vitória em Porto Alegre pode valer tranquilidade em uma semana que trará em seguida o clássico Atletiba.

"Vou torcer de longe, mas espero por um bom resultado porque fora somos muito fortes. Mostramos isso contra o São Paulo no nosso último jogo longe de casa. A meta é ir, fazer tudo bem feito, errar o mínimo e voltar com os três pontos. Depois, tranquilos, vamos trabalhar confiante para o clássico, outro jogo difícil, mas que temos condições de vencer dentro do Couto Pereira", ponderou Jaílton.

Por ser uma peça muito utilizada por Ney Franco, o volante aguarda uma proposta para permanecer no clube. O contrato do jogador vai até o fim deste ano e a permanência do comando técnico tende a ajudá-lo na renovação. Todavia, ciente de que o mundo do futebol é incerto, Jaílton já adianta que sondagens já existem, mas a preferência dele e da família é seguirem na capital paranaense.

"Até agora não conversamos nada, mas existem algumas coisas para mim, nada certo. Estou bem adaptado com a minha esposa aqui, existe uma vontade grande em ficar por um bom tempo, porém temos que aguardar, o que tiver de ser será", comentou. A estrutura do Alviverde também é um outro ponto que motiva Jaílton a ficar no clube, sobretudo pela experiência recente do atleta no futebol carioca.

"O Coritiba está muito a frente dos times do Rio de Janeiro, tanto em estrutura como em organização. A torcida também é fora de série, está nos apoiando em todos os jogos. Do grupo também não tenho que falar, trabalhei em um muito bom em 2007, no Flamengo, mas este aqui é tão bom quanto aquele. Todos estão pensando em um só objetivo, em ajudar uns aos outros".Ainda falando sobre o futebol do Rio, Jaílton não esconde uma leve torcida para que o seu ex-time, o Fluminense, consiga escapar do rebaixamento, embora reconheça que a situação é crítica.

"Jogadores para sair desta situação eles têm, porém a situação é complicada. Não é impossível e irão lutar até o último jogo. Eu particularmente espero que eles possam sair, até porque é um grande clube. O Botafogo também está vivendo esta situação de lutar contra o rebaixamento, o Vasco está brigando para voltar à Série A, acho que o futebol carioca peca pelo planejamento, falta organização também. Não se pensa muito adiante, sei pois convivi com tudo isso, é o que acaba resultando nestas situações pelas quais eles estão passando", finalizou.

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