Pedro Pires (quimono branco) busca vaga na seletiva do Pan 2011| Foto: Michelle Pereira / FPRJ

O sonho olímpico para judocas paranaenses começa longe de casa. De 10 a 12 outubro acontece o Campeonato Brasileiro Sênior, em Teresina, no Piauí. As vagas foram definidas no Estadual, em Toledo, em setembro. Sete atletas no masculino e seis no feminino garantiram presença na disputa nacional.

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O curitibano Pedro Pires, do Colégio Bom Jesus, é uma das promessas na categoria médio 90 kg. Bicampeão sul-americano júnior, ele precisou perder 10 quilos para se enquadrar na categoria. Pedro superou Alelso Luis da Silva, atleta do Paraná Clube, na final. "Foi sofrida a conquista. Venci no gold score (ponto de ouro). Tive que perder peso e superar lesões no joelho e no ombro", disse, em entrevista à Gazeta do Povo Online.

Por causa da lesão, o judoca ficou praticamente seis meses afastado dos treinamentos. "Eu ia direto para os campeonatos, sem treino nenhum. Foi uma fase difícil, mas superei e estou pronto para o Brasileiro", afirmou.

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Classificado para o Brasileiro Sênior que garante vaga na primeira seletiva dos Jogos Pan-Americanos de 2011, a rotina de treinos Pedro Pires será reforçada. Treinos físicos e musculação todos os dias e palestra com medalhista olímpico. "Vou assistir à palestra do Tiago Camilo, bronze em Pequim, é muito bom ouvir um ídolo", disse, lembrando que ainda precisa sobrar tempo para a faculdade Pedro cursa o 4° período de Educação Física na Faculdade Dom Bosco.

A mesma realidade vive Daniele Iwashita. Aos 24 anos, ela conquistou em Toledo a medalha de ouro na categoria meio-leve -52 kg. "Agora espero ir bem no Brasileiro e poder, no futuro, enfrentar, meus ídolos no judô", afirmou a judoca.

Falta de patrocínios

Apesar da presença constante de brasileiros em pódios nos jogos olímpicos, os judocas sentem a falta de patrocínio e muitos terminam abandonando os tatames prematuramente. A Federação Paranaense de Judô afirma que, sem o auxilio financeiro da iniciativa privada, jovens promessas ficam pelo caminho.

"Não temos recursos. Damos auxilio de R$ 300 aos atletas classificados para o Brasileiro. É muito pouco, mas é o que podemos fazer. Os resultados olímpicos alcançados não foram suficientes para mudar isso", afirmou o presidente da Federação Paranaense de Judô, Luiz Iwashita.

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