"Quando ele chegou, o time melhorou muito. Ele é o técnico ideal para o Atlético". As palavras de Paulo Baier, disparado o melhor jogador do Furacão, não deixam dúvidas da importância de Antônio Lopes para o clube. Se Baier brilhou dentro de campo, o Delegado foi peça fundamental na manutenção do Rubro-Negro na elite fora dele.
Lopes chegou para a sua quarta passagem pela Baixada com a equipe em situação extremamente delicada. Em 16 partidas, o Furacão somava apenas 15 pontos os últimos três, conquistados com Riva Carli como o substituto de Waldermar Lemos, na vitória por 1 a 0 sobre o Fluminense.
"Peguei com o barco andando. A situação era difícil, o grupo estava desmoralizado. Mas eles (jogadores) não pouparam sacrifícios. A rapaziada me surpreendeu", comentou o experiente treinador.
Em 21 partidas com o Delegado no comando, foram 32 pontos, em uma campanha marcada pela irregularidade de uma forma geral, mas consistente dentro da Arena. Em casa, pelo Nacional, o Rubro-Negro venceu seis vezes e empatou quatro. Fez 14 gols e sofreu apenas 2.
A vitória de ontem foi um retrato do Atlético diante de seu torcedor. "Soubemos nos defender bem, com muita firmeza da nossa zaga. E aproveitamos as chances que criamos. Contamos ainda com o apoio importante da nossa torcida", disse Lopes.
Embora ainda indefinida, a permanência dele é praticamente certa. Para o ano que vem, pela primeira vez começando uma temporada no clube, o técnico quer muito mais. "Pela grandeza do Atlético, por seu patrimônio, tem de voltar a ganhar Brasileiro, estar no topo. Vencer Paranaense é muito pouco".
Objetivos que passam por contratações de peso. "O ideal é fazer uma mescla. Temos de trazer jogadores de experiência, de qualidade garantida, não incógnitas. E pelo que eu sinto, essa é a vontade do nosso presidente (Marcos Malucelli)".
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