A Gazeta do Povo realizou nesta quarta-feira (4) a primeira das duas sabatinas que fará com os candidatos à presidência do Paraná Clube nas eleições do próximo dia 11 de novembro. O primeiro entrevistado foi José Alves Machado, que também disputou as eleições de 2003 (mas acabou perdendo para José Carlos de Miranda), que falou com repórteres e editores da Gazeta durante 45 minutos.
Na quinta-feira, também com acompanhamento em tempo real pelo blog Arquibancada Virtual, será vez de Aquilino Romani, candidato da situação, passar pela sabatina. O papo começa às 16h.
Várias questões foram levantadas durante o bate-bapo e ficou evidente o aparente despreparo do candidato a assumir a função de comandar o clube, que além do futebol, tem ainda três sedes sociais com piscinas, quadras e diversas opções de lazer. Em vários momentos o candidato disse que não sabe como irá tocar projetos ou como desenvolver suas propostas, sempre alegando que a maioria dos presidentes não tem a experiência necessária antes de assumir um cargo de tanta importância.
O que ficou mais claro durante a sabatina foi a intenção de Machado de dividir social e futebol. A parte recreativa seria tocada de maneira independente a da parte esportiva profissional. A parte de esportes amadores ficaria com a administração social. Seria uma espécie de terceirização do futebol.
"É praticamente inviável seguir assim. O clube vai se afundar cada vez mais. Na atual conjuntura, é impossível conciliar as duas coisas. É muito complicado, mas qualquer mudança precisa de aprovação do conselho"m, explicou Machado, durante a sabatina. Para ele, a preocupação com o futebol acabou gerando dívidas pesadas para o clube, como um todo, administrar. "O social perdeu muito por isso".
Buscar alternativas para se quitar as dívidas estimadas pelo candidato em R$ 7 milhões será o carro chefe da nova administração, caso ela seja a vencedora. O candidato sugeriu a realização de um grande bingo para arrecadar dinheiro e ajudar a diminuir a pesada conta que o clube tenta administrar. "Outra opção seria construir uma churrascaria. Temos 600 metros quadrados perto da sauna e poderíamos erguer uma ali, com janelas panorâmicas para o clube. Assim as pessoas veriam como nosso clube é belo", explicou.
Parcerias para o futebol
Na opinião de Machado, as parcerias são a única saída para manter um time forte. Entretanto, não conseguiu explicar como seriam essas parcerias e quais seriam esses parceiros. "Ainda não sabemos, mas o nome Paraná Clube tem muito valor. Temos que ter cuidado com quem negociamos e vamos sentar na mesa para fazer um bom acordo", disse, lembrando que pretende analisar o contrato com a B.A.S.E, empresa que gerencia as categorias de base, para ver como melhorá-lo em benefício do clube.
Machado falou que pretende negociar para manter o técnico Roberto Cavalo para a próxima temporada e que espera tornar o clube administrável. Um dos projetos comentados por ele é o de elevar o número de sócios do Paraná para 20 mil pessoas. "É uma meta otimista, mas esperamos melhorar bastante. Mais dois mil só no primeiro ano", comentou.
Leia e entrevista completa no blog Arquibancada Virtual.
Participaram da entrevista o editor de esportes da Gazeta, Leonardo Mendes Júnior, os editores assistentes Rodrigo Fernandes e Sandro Gabardo, além dos repórteres Ana Luzia Mikos, Fernando Rudnick, Robson De Lazzari, Adriana Brum e Eduardo Luiz Klisiewicz.
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