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Cerca de 100 pessoas participaram, na manhã desta quarta-feira, de uma passeata em Londrina, que terminou numa audiência pública na Câmara de Vereadores da cidade. Os londrinenses se manifestaram e discutiram sobre o futuro da Ginástica Rítmica (GR), que há dez anos teve como sede a cidade do Norte paranaense.

A mobilização contou com treinadores, pais e amigos de ginastas e ex-ginastas de Londrina e região. Todos protestaram contra a destituição da seleção brasileira de GR da cidade. Logo após as Olimpíadas de Atenas, em 2004, a Confederação Brasileira de Ginástica (CBG) decidiu descentralizar a seleção nacional de GR que treinava na Universidade Norte do Paraná (Unopar).

Na audiência da Câmara de Vereadores ficou decidido que no dia 14, próxima terça-feira, o ministro dos esportes, Agnello Queiroz, irá receber uma comitiva de Londrina para discutir o futuro da seleção brasileira de GR.

Uma Carta de Londrina em Apoio à Ginástica Rítmica também foi elaborada e será encaminhada ao Ministério do Esporte e Comitê Olímpico Brasileiro, além de outras autoridades estaduais e federais, juntamente com abaixo-assinado pedindo providências para a GR nacional e que os treinamentos da seleção sejam retomados nos mesmos moldes em que vinham sendo realizados na Universidade Norte do Paraná (Unopar), em Londrina.

A ex-técnica da Seleção Brasileira de GR de Conjunto, Bárbara Laffranchi, lembrou que o movimento iniciado em Londrina não pretende que se deixe de investir na ginástica artística, modalidade em que ícones como Daiane dos Santos têm tantas conquistas ao país, mas que estruturas idênticas sejam montadas para todas as ginásticas (artística, rítmica, aeróbica, trampolim e geral).

"Se a postura da CBG continuar a mesma, o sonho da GR brasileira vai acabar. A nossa luta e as nossas reivindicações são pelas crianças que hoje estão iniciando no esporte", definiu Bárbara.

Afastamento

As discussões em torno dos rumos da Ginástica Rítmica foram retomadas na semana passada, com o afastamento preventivo da presidente da CBG, Vicélia Florenzano, pedido em Ação Civil Pública impetrada pela Associação Desportiva e Recreativa Unopar e Liga Nacional de Ginástica Rítmica. O argumento da ação é de que a presidente não estaria exercendo o cargo de forma condizente.

O advogado de Vicélia, Cleverson Teixeira, apresentará a defesa da presidente afastada da CBG no final da tarde desta quarta-feira. Teixeira tentará reverter a sentença do juiz da 10ª Vara Cível de Curitiba, Rogério de Assis, e reconduzir Vicélia Florenzano ao cargo na Confederação Brasileira de Ginástica.

Assista à manifestação em Londrina na versão em vídeo

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