Maracanã não terá mais parque aquático, nem estádio atletismo| Foto: Folhapress

O secretário da Casa Civil do Estado do Rio de Janeiro, Regis Fichtner, confirmou nesta segunda-feira (22) que o Estádio de Atletismo Célio de Barros e o Parque Aquático Júlio Delamare, que integram o Complexo Esportivo do Maracanã, serão demolidos para atender as exigências da Fifa para a Copa do Mundo de 2014.

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A demolição também tem por objetivo tornar a estrutura mais rentável. O anúncio foi feito durante convocação da audiência pública para o lançamento do edital de concessão do Maracanã. O consórcio vencedor terá direitos sobre o estádio por 35 anos.

Motivo de discussão nos últimos meses, o Júlio Delamare e o Célio de Barros deverão ser reconstruídos numa área um pouco mais distante do Maracanã, ao lado da Quinta da Boa Vista, no bairro de São Cristovão. A área pertence ao Exército e deve ser repassada à prefeitura do Rio em breve.

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As novas estruturas deverão manter as características atuais, mas serão modernizadas. "Não queremos construir estádios para abrigar competições grandes porque teremos outras estruturas construídas para a Olimpíada. O Célio de Barros e o Júlio Delamare serão centros de treinamento muito modernos, com academias, vestiários, ginásios, salas de musculação, fisioterapia", explicou o secretário.

O governo do Estado do Rio prevê que o consórcio vencedor tenha de investir ainda R$ 469 milhões para modernização do Maracanãzinho, ao lado do Maracanã, construção e operação do Museu do Futebol, instalação e operação de estacionamentos e construção de bares, restaurantes, lojas e escritórios, além de infraestrutura de iluminação, pavimentação e drenagem.

O governo estadual também estipulou um valor mínimo de R$ 7 milhões para a outorga anual. Os consórcios que se candidatarem para administrar o Maracanã poderão oferecer valores maiores.

Clubes

Times de futebol não poderão disputar a licitação pelos direitos de administração do complexo esportivo do Maracanã, segundo as normas divulgadas nesta segunda-feira.

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A norma que veta a participação de clubes afeta principalmente Flamengo e Fluminense, que haviam manifestado interesse em participar do processo. "Não queremos que o Maracanã seja do clube A ou B. Por sua importância, o estádio tem de estar disponível para qualquer clube, seja do Rio ou não, e a seleção brasileira, afirmou o secretário da Casa Civil estadual, Regis Fitchner.

Fitchner afirmou que a empresa poderá fazer acordos com alguns times, entretanto não poderá oferecer monopólio a nenhum deles.