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Quatro momentos do Vô Coxa: a criação, em 1956, por sugestão de Aryon Cornelsen; em 1970; em 1985, ano do título brasileiro; e o modelo atual, politicamente correto, sem cachimbo. Acima, Max Kopf, com o neto Osny Bermudes, filho do ex-craque Ninho | Imagens: Reprodução/ Helênicos
Quatro momentos do Vô Coxa: a criação, em 1956, por sugestão de Aryon Cornelsen; em 1970; em 1985, ano do título brasileiro; e o modelo atual, politicamente correto, sem cachimbo. Acima, Max Kopf, com o neto Osny Bermudes, filho do ex-craque Ninho| Foto: Imagens: Reprodução/ Helênicos

No dia 12 de outubro de 2009, quando o Coritiba Foot Ball Club completará cem anos de existência, milhares de torcedores coxas-brancas espalhados pelo mundo irão comemorar as inúmeras conquistas e glórias desta instituição centenária que tem, como um de seus símbolos, a mascote representada pela figura de um simpático velhinho. Facilmente reconhecido pela maioria dos torcedores, poucos sabem que a mascote do Coritiba representa um personagem real, o velho Max Kopf, torcedor-símbolo da equipe alviverde na primeira metade de sua gloriosa história.

Nascido na Alemanha em 3 de março de 1875, Kopf, que em alemão significa cabeça, era fotógrafo profissional e acompanhou o Coritiba desde a sua fundação, em 1909. Nunca fez parte de nenhuma diretoria porque não gostava de envolver-se na administração do clube, mas sempre estava presente nos jogos, incentivando os atletas coritibanos. De suas três filhas, uma decidiu viver no país de origem do pai, mas as outras duas, Elvira e Erna, permaneceram no Brasil e fizeram parte do Grêmio Coritiba, um grupo de torcedoras que eram conhecidas pela dedicação ao clube e, entre outras coisas, confeccionaram a primeira bandeira alviverde. Elvira casou-se com Juan Luís Bermudes, centromédio coritibano mais conhecido pelo apelido Ninho e considerado um dos mais completos atletas da história do Coritiba. Este casamento deu a Max Kopf os netos Osny e Marli Bermudes.

Figura carismática, extremamente simpático, alegre e comunicativo, Max Kopf morava na Rua Mauá, a uma quadra do campo do Coritiba, e não faltava a nenhum jogo. Considerado uma espécie de amuleto do time alviverde, quando chegava ao estádio era saudado efusivamente por amigos e torcedores. Quando a equipe viajava, os atletas pediam que Max fosse levado junto no ônibus. Fumante inveterado, Kopf estava sempre acompanhado de seu inseparável cachimbo e, depois de sofrer um derrame, mesmo com o médico e os familiares tentando impedi-lo de sair de casa, continuou indo aos jogos do Coritiba com o auxílio de uma bengala.

Vítima de um câncer na garganta, Max Kopf faleceu em 2 de setembro de 1956. No mesmo mês, o então presidente do Coritiba, Aryon Cornelsen, promoveu um concurso de desenhos para eleger o que melhor representasse a nova mascote do clube, um velhinho com cachimbo. No final daquele ano, em dezembro, o Coritiba organizou um torneio entre os clubes da capital paranaense e, em mais uma homenagem, deu a ele o nome de Torneio Max Kopf.

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