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A debandada de craques acabou. O motivo que sempre serviu para justificar a exportação de atletas e o esvaziamento da Superliga de vôlei não existe mais. Seduzidos por propostas financeiras respeitáveis, 16 medalhistas em Pequim estarão em quadra a partir de hoje para encorpar o principal torneio da modalidade no país.

São nove campeãs olímpicas e sete representantes da prata no masculino nos Jogos da China presentes na 15ª edição da Superliga. Reforço para elevar o nível técnico, aumentar o apelo ao público e enquadrar a competição entre as principais do mundo. As mesmas que por anos atraíram a nata do vôlei nacional.

"Conversamos com os jogadores para convencê-los que financeiramente não sairiam perdendo. Para nós é importante a presença deles para incentivar a vinda de patrocinadores fortes e público", afirmou o presidente da Confederação Brasileira de Vôlei (CBV), Ary Graça.

Entre as mulheres, quatro delas estão no Finasa/Osasco (SP): a levantadora Carol Albuquerque, as ponteiras Paula Pequeno e Sassá, e a meio-de-rede Thaisa. No atual campeão Rexona-Ades (RJ) estão a líbero Fabi e a meio-de-rede Fabiana.

O São Caetano/Blausiegel (SP) repatriou três medalhistas de ouro: a levantadora Fofão, a oposto Sheilla e a ponteira Mari. Com elas, a equipe é apontada pelo comentarista Marco Freitas, do canal Sportv, como a concorrente capaz de quebrar a bipolaridade Osasco-Rio de Janeiro – nas últimas seis edições, cada um ficou com três títulos.

"Esta Superliga tem tudo para ser a mais equilibrada dos últimos tempos com a presença de nove campeãs olímpicas e outras duas medalhistas olímpicas (Elisângela e Érika, bronze em Sydney). Com isso, tem tudo para ser uma das competições mais importantes e de alto nível técnico do mundo. E, com certeza, todos os olhos do mundo estarão voltados para a Superliga", afirmou o técnico do Osasco, Luizomar de Moura.

No masculino, sete medalhistas de prata reforçam a competição. O levantador Bruno segue na atual campeã Cimed. A Unisul/Joinville tem o reforço do repatriado Marcelinho. O Vivo/Minas trouxe de volta ao país Anderson, André Heller e André Nascimento. O líbero Sérgio Escadinha é a atração do Santander/São Bernardo, enquanto a Ulbra/Suzano/Massageol aposta em Samuel.

"Ainda falta organização para chegarmos ao nível da Itália. Mas nós, jogadores, podemos ajudar o bolo a crescer", disse o meio-de-rede André Heller, ex-Modena.

"Estava fora há quatro anos e há três estamos nesse namoro para eu voltar ao Brasil. Pesou estar ao lado da família e a qualidade da competição. Vamos botar fogo nas quadras", prometeu Escadinha, que estava no Piacenza. "Conversei com jogadores como o Dante e o Giba e eles também estão loucos para voltar. Quem sabe nas próximas edições", adiantou o jogador.

Ary Graça afirmou que todos foram procurados. "Não veio quem não quis. O Giba, por exemplo, recebeu uma proposta igual a que tem lá fora, mas preferiu cumprir o contrato. Quem não veio foi muito mais por uma questão pessoal."

Agora que trouxe os ídolos de volta, a CBV espera retorno financeiro suficiente para mantê-los no país.

Na TV

Superliga feminina: São Caetano x Brusque, às 20 horas, no SporTV

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