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No fim do jogo, Malcolm Butler intercepta a bola na "cara do gol" e impede que o Seattle Seahawks vire o placar no Super Bowl 49 | LARRY W. SMITH/EFE
No fim do jogo, Malcolm Butler intercepta a bola na "cara do gol" e impede que o Seattle Seahawks vire o placar no Super Bowl 49| Foto: LARRY W. SMITH/EFE
  • Tom Brady comemora o quarto título da carreira

O fã do New England Patriots se acostumou a ver seu time dominando partidas inteiras no Super Bowl apenas para perder em lances que beiraram o inacreditável. É só lembrar duas últimas participações na final, ambas contra o New York Giants, famosas pela recepção com o capacete de David Tyree na edição 42, ou a bola que Mario Manningham pegou para manter viva a campanha adversária em 2013. Mas neste domingo o time comandado por Tom Brady teve o gostinho de estar do lado mais doce da sorte.

O New England Patriots derrotou o Seattle Seahawks por 28 a 24 no Super Bowl 49, realizado no University of Phoenix Stadium, em Glendale, Arizona. Mas o quarto título da franquia só veio diante de uma grande falha do adversário, que entregou a posse de bola de uma forma que chocou o mundo do futebol americano.

Após tomar a virada no placar com pouco mais de dois minutos restantes, Seattle orquestrou uma campanha impecável, que contou com uma espetacular recepção "malabarista" do calouro Jermaine Kearse para deixá-los a apenas cinco jardas da vitória.

Com pouco menos de um minuto no relógio, porém ainda com um pedido de tempo restante, bastava ao Seahawks usar a força bruta do running back Marshawn Lynch para colocar a bola para dentro e garantir o título. Na primeira tentativa, o camisa 24 conquistou quatro das cinco jardas necessárias.

Mas em vez de apostar novamente na corrida, que seria a decisão mais lógica, o quarterback Russell Wilson tentou conectar pelo ar com o recebedor Ricardo Lockette na segunda descida.

No entanto, o strong safety dos Patriots Malcom Butler interceptou o passe sobre a linha de gol, em um milagre a favor dos Patriots.

Em coletiva após a partida, o técnico Pete Carroll justificou a opção incomum. "O passe era apenas para queimar a jogada, já que os Patriots substituíram para aquela situação e nós não estávamos com os atletas certos em campo", explicou, dizendo que seria um desperdício tentar correr contra a formação do oponente.

"Se fizéssemos o touchdown, ótimo. Se não fizéssemos, íamos correr na terceira e na quarta descida com o pessoal de goal line", completou ele.

No futebol americano, quando a bola está tão perto da endzone do adversário, normalmente os times colocam em campo jogadores mais pesados e fortes no lugar daqueles que se destacam pela agilidade.

Brady

O New England Patriots definitivamente contou com a sorte, mas isso não tira o mérito de seus atletas, especialmente do quarterback Tom Brady, que teve uma noite histórica.

Além de ampliar seus recordes de passes tentados, completados e de jardas conquistadas pelo ar, o marido de Gisele Bündchen agora é detentor da marca de maior número de touchdowns anotados com passe em um Super Bowl.

Com dificuldades no jogo corrido, coube a Brady a responsabilidade de superar as duas interceptações que havia lançado durante a partida e manter seu time marchando em campo, com a excelente ajuda dos recebedores Julian Edelman, Danny Amendola e Rob Gronkowski.

Agora com seu quarto título no currículo, Tom Brady – eleito ainda o melhor jogador da partida decisiva– se iguala aos lendários Joe Montana e Terry Bradshaw como quarterback mais vitorioso na história do Super Bowl.

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