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Se dentro de campo o sonho quase virou pesadelo – o Brasil acabou o primeiro tempo vencendo por 2 a 0, levou a virada em 10 minutos e só empatou aos 41 minutos –, fora dele não houve como evitar a derrocada.

O Estádio do Pinheirão, anunciado como o primeiro a atender por completo as exigências do então recente Estatuto do Torcedor, acabou no Procon, alvo de reclamações de torcedores. A FPF, multada em R$ 50 mil, começava a sentir os efeitos da partida. Para piorar, há três dias da partida, uma medida de segurança diminuiu a capacidade do Pinheirão de 31 mil para cerca de 23 mil. Foi exatamente o público total. E apenas esses puderam ver o Pinheirão em seu dia de glória. Com circuito interno de tevê, placar eletrônico, ingressos personalizados, calçada da fama com os pés dos jogadores brasileiros...

Depois dessa partida, tudo foi recolhido. Na rebarba, dias depois, um operário foi baleado na perna quando cobrava os salários da empresa Itapuã no Pinheirão, uma prestadora de serviços da FPF que pertencia a um filho do presidente da entidade. As dívidas se acumulavam.

"Tinha muita gente trabalhando 24 horas, e isso aumentou muito os custos", lembra o advogado Vinícius Gasparini, que teve acesso aos processos anos depois, quando ingressou na federação.

Em 2007, Moura ainda tentou a última cartada para ele e seu "filho predileto": fazê-lo sede da Copa de 2014. Aí, já não contava com o apoio de Ricardo Teixeira e de mais ninguém.

Hoje, o que sobrou do Pinheirão está jogado às traças, sendo depredado por vândalos enquanto aguarda uma definição sobre o seu futuro. (MR)

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