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Abraço duplo: Vanegas agarra o coxa-branca Ariel (primeiro plano) no mesmo instante em que Alan Bahia impede a movimentação de Marcos Aurélio | Rodolfo Bührer/ Gazeta do Povo
Abraço duplo: Vanegas agarra o coxa-branca Ariel (primeiro plano) no mesmo instante em que Alan Bahia impede a movimentação de Marcos Aurélio| Foto: Rodolfo Bührer/ Gazeta do Povo

Campeão, Ariel quer a artilharia

Artilheiro do Coritiba e vice do estadual, com dez gols, Ariel Nahuelpan não balançou as redes no clássico, mas bem que merecia. O jogador foi o responsável por grande parte do poder ofensivo alviverde. E por diversas vezes deu trabalho ao goleiro Neto. De cabeça, de dentro da área, de fora dela, em tentativa de bicicleta... Por muito pouco a bola não entrou.

O argentino sentiu não ter feito o gol, mas a alegria pela conquista do título não deu muito espaço para o lamento. "Faltou, mas o que importa agora?" respondeu sorrindo o atacante, enquanto comemorava com a torcida. E o fim da briga pelo título não significa que Ariel abandonou a luta pela artilharia. "Já sou campeão, mas ainda tenho um jogo para tentar ser artilheiro", avisa o jogador, que tem apenas um gol a menos que Bruno Mineiro.

Depois de cair com o time para a Série B, Ney Franco, mesmo tendo recebido propostas para sair, não abandonou o barco e prometeu reerguer a equipe. Parte da promessa foi cumprida ontem. "Eu não queria deixar esta mancha. Mesmo podendo sair eu resolvi ficar, e hoje (ontem) conseguimos a primeira conquista", disse o técnico, que agora vai em busca da meta principal: recolocar o Coritiba na Série A do Campeonato Brasileiro.

"A gente sabe que o grande objetivo é devolver o time para onde ele nunca deveria ter saído. E levar este título estadual com mérito vai nos dar muita sustentação para o Brasileiro. Nos deixa com a autoestima elevada para disputar uma competição tão difícil", completou Ney.

Para o treinador, o título conquistado ontem coroou o trabalho realizado neste início de ano. "É uma sensação de dever cumprido. Fize­mos um Estadual impecável. Fomos melhores de ponta a ponta. Ganhamos as vantagens do primeiro turno com uma rodada de antecedência e agora também levamos o título uma rodada antes do fim", lembrou o técnico, ao explicar que mesmo em um campeonato que teve o regulamento muito criticado, faz parte assimilar e saber jo­­gar a competição.

"Encaramos ao invés de ficar reclamando. Nos adaptamos ao formato que foi estipulado. A equipe soube entender o regulamento".

E durante a volta olímpica, uma taça de papelão carregada por Marcos Aurélio refletia bem o sentimento de todo o time e principalmente de Ney Franco. Nela estava escrito: "Eu já sabia. Da Humilhação à Glória". O treinador que após a queda para a Segunda Divisão teve de refazer a equipe deixou claro a importância da conquista do título deste domingo depois de tantas dificuldades. "Tive de remontar este time no meio do caos. Está­­vamos em terra arrasada, agora temos força para ir em frente".

E depois de levantar três taças estaduais no Maracanã e uma no Mineirão, a comemoração no Couto Pereira também vai entrar para a história do treinador. "Comecei a palestra do jogo com o número 18 e prometi dar 50 reais a quem acertasse o que era. Signi­­ficava a data. 18 de abril. Dia que ia ficar marcado para todos os que querem o bem do Coritiba e na minha vida". E foi um dos principais responsáveis pela festa quem levou o prêmio: Edson Bastos.

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