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Todo dia, na concentração em Itu, Luís Cláudio Lula da Silva, recém-contratado como auxiliar de preparação física, recebe o telefonema do pai. As perguntas se repetem: como está Ronaldo? E o Danilo, está treinando? Corintiano fanático que é, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva está aproveitando o fato de finalmente, o filho caçula estar no Corinthians - ele já trabalhou nos outros três grandes clubes de São Paulo.

"Meu pai é boleirão demais. Mandei fotos para ele mostrando eu trabalhando com o Ronaldo, com o Danilo, e ele fica louco me vendo no meio desse monte de craque", conta Lulinha, de 24 anos. Formado em educação física, ele conheceu Vanderlei Luxemburgo em 2007 e foi convidado a trabalhar no Palmeiras.

Na época, Lulinha estava nas categorias de base do São Paulo por indicação de Roberto Teixeira, compadre de seu pai, que tinha conhecidos na equipe do Morumbi. Lulinha garantiu que esse empurrãozinho paterno foi o único que teve na carreira.

"Meu pai estava receoso no início, antes de eu vir para cá. Achava que falariam que fui contratado por causa dele. Mas o Andrés (Sanchez, presidente do Corinthians) o convenceu que não teria problema. Se estou aqui, é porque mereço. Ou você acha que o Valmir (Cruz, chefe da preparação física) deixaria esse monte de fera na minha mão"?

Corintiano na infância, Lulinha está reaprendendo a torcer para o Timão. "Quando você passa por outros clubes, acaba torcendo por seu trabalho."

Sem poder ir ao estádio com o pai, que mesmo antes de ser presidente evitava aglomerações, ele se lembra de ter visto Lula chorando ao assistir um jogo do Corinthians pela TV. "Foi na final do Mundial (em 2000). A pior derrota foi para o Palmeiras, na Libertadores. Ele xingou o Marcelinho.

O último encontro com o pai foi para assistir ao filme O Filho do Brasil, que conta a história da chegada de Lula a São Paulo e o período como sindicalista. "Chorei. É diferente ver a história que ouvia de criança na tela.

Apolítico, diz que votará em Dilma Rousseff na eleição presidencial de outubro. "Vivi no meio da política a infância toda e peguei aversão. Mas a Dilma é inteligente. Quando eu era criança, ela parecia a tia brava. Hoje a vejo com simpatia.

Encantado com a humildade de Ronaldo, tem uma semelhança com o Fenômeno: é vigiado por seguranças particulares - quatro homens do Governo Federal, que o acompanham 24 horas. "O sonho é ser campeão da Libertadores. E levar a faixa para meu pai.

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