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A derrota para o Gama fez ressurgir velhos fantasmas no Alto da Glória. Um deles atormenta o técnico Guilherme Macuglia, criticado por não ter conseguido dar um padrão de jogo para o time. Ainda tentando se acostumar à pressão que acompanha o Coritiba desde o rebaixamento em 2005, responsável por levar à guilhotina quatro treinadores em apenas um ano, Macuglia demonstra confiança para encontrar no elenco as soluções para os problemas da equipe. O técnico conversou com a Gazeta do Povo durante o trajeto de volta do CT da Graciosa, ontem, no fim da tarde.

A derrota para o Gama revelou um Coritiba apático, sem ambição, sem espírito de Série B. Que avaliação você fez da partida?

Até o gol eu concordo contigo, nossa equipe foi apática. Mas depois do intervalo voltamos mais agressivos, pressionando o Gama. Só não conseguimos fazer o gol, e isso fez a diferença no jogo.

Essa formação com Juninho, Careca, Túlio e Pedro Ken no meio-de-campo, que começou a partida com o Gama, não lhe parece defensiva demais?

Se tu olhares todas as partidas sob o meu comando vai ver que eu jogava com o Mancha e o Juninho, dois volantes, desde o começo. Nada mudou.

Uma das críticas que a torcida faz é com relação à falta de criação do time. Como resolver esse problema?

Temos necessidade de criação no meio, não escondo. Contratamos jogadores para a função, mas eles estão se adaptando e ganhando ritmo agora. A tendência é esses jogadores aparecerem. O Diogo chegou agora, o Pedro Ken está jogando, o Marlos tem esse problema com a diretoria (impasse na renovação de contrato) e o Caíco está voltando do departamento médico. É o que temos.

O retorno do Marlos seria a solução?

Seria uma das opções, juntamente com o Caíco, Pedro Ken e o Diogo.

Falta um líder dentro de campo?

Nós temos carência de liderança dentro do elenco, a gente sabe disso. Mas independentemente da falta de um líder, mostramos poder de reação, o que é muito importante.

Os técnicos que passaram pelo Coritiba no ano passado reclamaram da pressão extracampo. A questão política têm influenciado no seu trabalho também?

O Coritiba é uma panela de pressão, não tem meio termo. Temos de ter tranqüilidade. Para jogar aqui neste ano tem de ser competitivo, suportar a pressão.

O coordenador de futebol João Carlos Vialle disse recentemente que não se incomodava em ter de montar e desmontar time para subir à Primeira Divisão. Isso gera instabilidade no elenco?

É o que eu falei. Para jogar no Coritiba o jogador precisa ter personalidade, senão não joga. Confio no elenco.

Como você lida com campanhas de parte da torcida que cobram a sua saída do Coxa?

O torcedor está magoado. A torcida sofre vendo Atlético e Paraná na Série A, disputando a Libertadores, liderando o Brasileiro. Isso direciona as cobranças para o Coritiba. Tenho de dar o melhor possível para reverter a situação.

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