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Ronaldo deixa o gramado do Pacaembu ovacionado pela torcida: maior artilheiro das Copas (15 gols) virou empresário | Vanderlei Almeida/ AFP
Ronaldo deixa o gramado do Pacaembu ovacionado pela torcida: maior artilheiro das Copas (15 gols) virou empresário| Foto: Vanderlei Almeida/ AFP

O resultado era o que menos interessava – triunfo apertado e apagado por 1 a 0, gol de Fred, sobre a Romênia. O amistoso de ontem à noite no Pacaembu valeu mesmo por ter sido a última vez em que Ro­­naldo jogou pela seleção brasileira. O Fe­­nô­­meno entrou aos 30 minutos e ficou até o fim do primeiro tempo. Depois, com a bola do jogo e a bandeira nacional, ele deu uma volta olímpica, caminhando, ao som de "Deixa a Vida Me Levar", interpretada por Zeca Pagodinho – música que embalou a festa da vitória do Brasil na Copa-2002.

"Vocês [torcedores] são de­­mais. Vocês me desculpem, tive três chan­­ces de gol e não consegui fa­­zer um. O meu muito obrigado por tudo que vocês fizeram. Por terem chorado quando eu chorei e por terem sorrido quando eu sorri. Até breve, mas, desta vez, fora de campo", falou o atacante, em um púlpito ar­­mado no meio de campo.

Ronaldo começou o jogo entre os reservas, mas não sentou no banco. Ficou nos vestiários, ao lado de dois filhos (Alex e Ronald). Ele ficou batendo bo­­la até que fosse chamado ao campo.

Ainda sem Ronaldo, Fred fez 1 a 0 para o Brasil. Na comemoração, o atacante do Fluminense balançou o dedo indicador em riste, como o Fenô­­meno costumava festejar os gols.

Durante o primeiro tempo, a torcida gritava o nome de Ronaldo. Aos 26 minutos, ele tirou o agasalho e começou a andar lentamente no túnel que dá acesso ao campo. Dois minutos depois, subiu as escadas e foi ao banco de reservas. Conversou com o técnico Mano Menezes e se preparou para entrar em campo. Aos 29 minutos e 47 segundos subiu a placa: saiu Fred, com a camisa 19, e entrou Ronal­­do, com a 9.

Com dificuldade para se mo­­vimentar devido à má forma física e excesso de peso, Ronaldo teve a primeira oportunidade de marcar aos 35. Após receber um ótimo passe de Neymar, o Fe­­nô­­me­­no, livre na pequena área, chutou, mas o goleiro Ta­­taru­­sa­­nu conseguiu espalmar para fora.

Outra grande chance aconteceu cinco minutos depois. Mas desta vez, Ronaldo chutou muito mal e a bola passou muito longe do gol. Na sua terceira oportunidade, ele chutou bem, aos 42 mi­­nutos, e o goleiro romeno fez outra boa defesa.

Ao fim do primeiro tempo, os adversários saudaram Ro­­naldo, que recebeu a bola das mãos do árbitro argentino Sergio Pezzotta. O ex-atacante cumprimentou os atletas da seleção brasileira e iniciou sua volta olímpica. No segundo tempo, Nilmar foi o substituto provisória do Fenômeno. A dúvida agora é saber quem herdará de fato – e de direito – a mítica camisa 9.

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