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Amanda Rossi foi encontrada morta dentro do campus da Unopar | Roberto Custódio/JL
Amanda Rossi foi encontrada morta dentro do campus da Unopar| Foto: Roberto Custódio/JL

Além de resgatar a alegria e a honra dos alviverdes, o aguardado retorno do Coritiba à elite do futebol brasileiro trará novo fôlego financeiro ao clube. Será o fim de perdas que, nos dois anos na Segunda Divisão, afetaram cruelmente os cofres do Coxa.

Somente em verbas de televisão, a queda para a Série B em 2006 e a permanência em 2007 custaram ao Coritiba R$ 13,2 milhões (R$ 5,5 milhões em 2006 e R$ 7,7 milhões em 2007). A perda poderia ter sido ainda maior. Se o Verdão não fosse associado ao Clube dos 13, nada teria recebido em cotas de TV nos últimos dois anos. Nesse caso, o baque no cofre seria muito mais duro: R$ 22 milhões.

O clube também não tem o patrocínio master, na parte da frente da camisa, e perdeu toda a grande exposição que se tem na Série A. Enquanto reconhece o problema, a atual diretoria tenta amenizá-lo.

"O tempo perdido é irrecuperável. Não dá para resgatar. Mas há um saneamento financeiro que dará boas condições de trabalho para quem assumir o clube no próximo ano", garante o vice-presidente André Ribeiro, cuja gestão – liderada pelo presidente Giovani Gionédis – termina em dezembro.

O retorno à elite foi provindencial. Ele representará um acréscimo de R$ 8,25 milhões nas contas do Coxa. É a diferença entre o que o clube receberia se permanecesse na Segundona em 2008, e o que de fato receberá com a ascensão. Se ficasse na Série B, sua verba televisiva cairia dos R$ 3,3 milhões recebidos em 2007 (30% da sua cota original) para R$ 2,75 milhões (25% da sua cota, em função da permanência na Série B pelo terceiro ano seguido). Com o retorno, o Coritiba voltará a receber a sua cota na íntegra, ou seja, R$ 11 milhões.

Ribeiro não quis fazer projeções sobre o fechamento do caixa do Coritiba, que, após um superávit de R$ 19,7 milhões em 2005 (ano da queda) impulsionado pela venda de vários jogadores antes do fim do campeonato (como Rafinha, Miranda, Adriano, Roberto Brum e Fernando), terminou 2006 com um déficit de R$ 11 milhões. "A 60 dias do fim do ano não dá para fazer estimativas", diz.

O clube provavelmente fechará novamente no vermelho mais um ano. Questionado sobre a possível venda de algum dos jovens jogadores formados na base para equilibrar o caixa, Ribeiro, apesar de evasivo, deixa no ar essa possibilidade. "Isso não é algo que dê para programar com antecedência. Mas a venda de jogadores é uma das receitas do clube", admite.

Apesar de todas as dificuldades previstas para 2008, a futura diretoria alviverde terá alguma margem de investimento. Somada à retomada da sua cota de TV integral e às chances de venda de alguns dos piás do Alto da Glória está a boa bilheteria arrecada em 2007 – a melhor entre os times da Série B. Resta saber como a era Gionédis deixará as contas do clube.

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