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Borges, Renaldo, Washington... Nos últimos três anos os times paranaenses tiveram jogadores brigando pela artilharia do Brasileiro. E no que depender da vontade do jovem Pedro Oldoni, 20 anos, a rotina será mantida em 2006.

Com quatro bolas na rede em apenas três jogos, o atleticano desponta na liderança entre os goleadores da Série A. O estilo é do centroavante típico: "Pelo meu tamanho (1,90m), me dou melhor nas finalizações. Quando tenho de sair da área não consigo render tão bem, até pelo fato de não ser muito habilidoso para carregar a bola mesmo", afirma, em um discurso adotado por Finazzi em 2005.

A sincera declaração comprova o que a torcida rubro-negra vem acompanhando. Na partida de sábado contra o Botafogo, na qual a bola chegou em boas condições, Oldoni não perdoou. Foram três gols de puro oportunismo.

Anteriormente, enquanto o Furacão amargava 55 dias sem vitória, ele não conseguiu se sobressair – apesar do gol na estréia do Brasileiro, contra o Fluminense, também mostrando oportunismo. "Tomara que a partir de agora todo o time consiga manter o nível da última partida e eu esteja sempre pronto para fazer os gols", torce o Kaká da Baixada, como passou a ser chamado por alguns devido ao tipo físico.

Oldoni estreou no time profissional marcando duas vezes na goleada por 5 a 1 sobre o Cianorte, na última rodada da primeira fase do Paranaense. Curiosamente, foi a última partida antes do abandono do técnico Lothar Matthäus e do início da má fase rubro-negra. Depois, revezamento entre o time titular e o banco de reservas, até nova chance de assumir a camisa 9 aparecer com o afastamento de Rodrigão devido a uma hepatite C.

Aliás, o primeiro objetivo do atacante é se tornar titular absoluto. "Tenho de estar sempre bem para me manter no time. O Atlético tem muitos jogadores bons ali na frente", observa, lembrando de Dênis Marques, Dagoberto (recém liberado pelo departamento médico), Herrera (ainda sem condições de jogo) e os novos reforços Marcos Aurélio e Warley.

Iniciando a carreira, Oldoni diz escutar com atenção os conselhos de outros jogadores. "No começo do ano falei com o Washington (maior artilheiro de uma edição do Brasileiro), que tem um estilo parecido. Ele me disse para não pensar apenas em fazer gols, além disso escorar jogadas para os companheiros e ajudar a marcar", conta o atacante.

Ele também não dispensa as dicas do amigo Dagoberto, com quem espera formar a dupla de frente a partir de domingo contra o Internacional. "Pelo potencial dele, todos que jogam a seu lado têm a chance de crescer", diz, sonhando com ótimos passes para ajudá-lo a se manter na artilharia nas demais 35 rodadas.

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