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A Federação Paranaense de Futebol (FPF) terá o seu representante mais importante, o presidente Onaireves Moura, indiciado no relatório do auditor Paulo César Gradella do Tribunal de Justiça Desportiva do Paraná (TJD). Moura é suspeito de participar de um esquema de corrupção na arbitragem paranaense.

Esse segundo inquérito sobre a corrupção no futebol paranaense – o primeiro teve oito pessoas afastadas do futebol, no julgamento do dia 10 de outubro - surgiu de uma denúncia de um ex-jogador do Engenheiro Beltrão, que afirmou "acertos" com a arbitragem para o time subir para a primeira divisão. Somada a essa denúncia, surgiram mais acusações contra o presidente da FPF, que teria participado de esquemas de corrupção.

Depois de dois meses de investigação, o auditor Gradella terminou o relatório final e entregará às 16h30, desta sexta-feira, o inquérito na secretaria do TJD. Anexado ao processo estará um CD com uma conversa entre o presidente do Sindicato dos Árbitros do Paraná, Amoreti Carlos da Cruz com o Fernando Homann, ex-diretor do departamento de árbitros da FPF.

Na conversa, Amoreti e Homann falam sobre a manipulação de escalas de árbitros para favorecer determinados clubes. No inquérito, o auditor Gradella pede também o indiciamento de outras duas pessoas. Além de Onaireves Moura, Fernando Homman e José Carlos Marcondes que presidiu a Comissão de Arbitragem em 2000 serão indiciados.

O presidente do TJD, Bortolo Escorssim, após pegar o relatório de Gradella vai enviar para a procuradoria que tem o prazo de três dias para decidir se denuncia os três indiciados (Moura, Homman e Marcondes). Em caso de denúncia os acusados serão julgados pelo TJD e podem ser afastados do futebol.

Para o auditor Gradella, os indícios de corrupção são muito fortes. "Nessa fase de inquérito é muito cedo para fazer um juízo de valor, ainda podem aparecer mais provas. Porém, os indícios de irregularidades são muito fortes", explicou.

O presidente da FPF, Onaireves Moura, não vê motivos para o seu indiciamento no inquérito de corrupção e sobre uma possível punição. "Não tem o que se preocupar. Não tem nada que possa comprometer a nossa administração frente à federação. Nunca demos margem para irregularidades e manipulação na FPF, sempre que teve indícios afastamos as pessoas responsáveis", concluiu Moura.

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