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Alan Bahia (esq.) e Rogério Corrêa estavam no grupo de 2007 do Atlético, que ficou seis jogos sem vencer no Estadual. | Arquivo/Gazeta do Povo
Alan Bahia (esq.) e Rogério Corrêa estavam no grupo de 2007 do Atlético, que ficou seis jogos sem vencer no Estadual.| Foto: Arquivo/Gazeta do Povo

O Atlético não vence no Paranaense há cinco jogos. O péssimo retrospecto jogou o time para a 9ª colocação, com apenas oito pontos conquistados, e trouxe à memória do torcedor o Estadual de 2007. Naquele ano, embora tenha deixado a competição na fase semifinal, o time amargou uma sequência de seis jogos sem vitória. Culpa, em boa parte, das panelinhas de jogadores, como conta o ex-zagueiro Rogerio Corrêa, hoje diretor de futebol da Anapolina.

“Em 2007 tinha um grupo do Danilo [zagueiro], o grupo dos jogadores da casa, dos colombianos. Era rachado. Quando não há afinidade, amizade, não vai para frente”, disse, constatando que, sempre que o time passava por dificuldades, o grupo estava rachado. “A situação de 2007 era péssima”, lembrou. “Estar num momento como aquele, sem vencer, é muito ruim. Há desconfiança sobre seu trabalho e você fica se perguntando por que isso acontece, por que erramos daquele jeito e naquela hora”, acrescentou o defensor.

Ao todo foram quatro empates (Paranavaí, Rio Branco, Cianorte e Paraná) e duas derrotas (Paranavaí e Paraná). A eliminação na semifinal foi com derrota por 3 a 1 para o rival Paraná. A sequência ruim no Paranaense deixou marcas para o time ao longo de todo o Brasileiro.

Se o ambiente hoje está ruim, medidas precisam ser tomadas. A primeira ocorreu com a chegada de um novo diretor de futebol, seguido pela troca de comando técnico com a demissão de Claudinei Oliveira e a contratação de Enderson Moreira. Em 2007, Vadão comandava o time no Paranaense, mas Antônio Lopes assumiu durante o Brasileiro.

O próximo passo tem de ser dado pelos jogadores. “Agora é hora de reunir o grupo. Os jogadores têm de ter personalidade, se fechar e reverter a situação”, lembra Alan Bahia, ex-volante do Atlético, que também viveu aquela dificuldade.

A escolha de um capitão com personalidade pode ajudar. Para Rogério Corrêa o time precisa de um porta-voz para bater de frente com todos, seja em campo, seja fora dele. Técnicos e diretores não acompanham o dia a dia dos quartos, as conversas que acontecem com os jogadores. A volta por cima depende dos próprios atletas.

O reencontro daquele Atlético de 2007 com a boa fase demorou a acontecer. Mas aconteceu. “Estávamos em uma situação crítica no Brasileiro. Depois de nos acertarmos, ganhamos sete jogos de dez e emplacamos uma sequência muito boa. Ou acaba com os grupinhos, ou eles acabam com o Atlético”, ensina Corrêa.

Um detalhe, porém, pode ser decisivo. Para Alan Bahia, atualmente no Mamoré-MG, a chegada de Enderson pode evitar que o time sofra tanto quanto sofreu em 2007. “O treinador ajuda muito. O Enderson vai mudar a cara do time. É muito bom profissional, uma pessoa excepcional. Tem tudo para dar certo no Atlético. É um vencedor e dá chance para todos”, lembra o volante, que foi jogador de Enderson no Goiás.

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