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Em 1982, Franco Baresi viu do banco a Itália de Paolo Rossi eliminar o favorito Brasil e caminhar rumo ao terceiro título mundial. Doze anos depois, já consagrado e capitão da Azzurra, o ex-zagueiro isolou sua cobrança na decisão por pênaltis na final que deu o tetra à seleção de Romário nos Estados Unidos. A emoção de uma vitória histórica ou a tristeza de uma derrota amarga? Na cabeça do ex-camisa 6 do Milan, a dor no estádio Rose Bowl é lembrança mais constante dos duelos com os brasileiros em Copas.

"São jogos diferentes, lembro dos dois, mas acho que o do pênalti foi mais marcante, pois em 1982 eu era muito jovem", lembra Baresi, que na Espanha tinha 22 anos.

Mas, na entrevista ao GLOBOESPORTE.COM, o ídolo do Milan lembrou ainda de uma derrota ainda mais marcante, também nos pênaltis: para a Argentina de Diego Maradona em 1990, no estádio San Paolo, em Nápoles:

"Mais do que os dois jogos com o Brasil, porém, a Copa de 1990 foi uma lembrança mais marcante, por ter sido uma derrota em casa".

Em sua carreira, encerrada em 1997 no Milan (único clube que defendeu), Baresi vestiu a camisa da Azzurra 81 vezes, entre 1982 e 1994. No Mundial de 1982, ficou na reserva de Gaetano Scirea e não entrou em campo. Acabou ficando fora da Copa de 1986 e voltou à seleção para a Eurocopa de 1988, já como titular.

Apesar do pênalti perdido na final contra o Brasil, foi considerado um herói em 1994. Logo no início do torneio, sofreu uma lesão no joelho e teve que ser operado no menisco. Conseguiu se recuperar a tempo de disputar a decisão, menos de um mês depois. Foi um dos melhores em campo, mas falhou na cobrança decisiva, ao mandar a bola por cima do gol de Taffarel.

Ex-zagueiro aponta cinco favoritos em 2010

Baresi veio ao Brasil como embaixador do Milan Junior Camp, uma colônia de férias do clube italiano para crianças de 8 a 13 anos que até hoje contou com a presença de mais de cinco mil jovens. O ex-zagueiro preferiu não dizer se gostaria de ver Ronaldinho Gaúcho na Copa ("A opção do treinador da seleção brasileira deve ser respeitada"), mas apontou seus favoritos ao título na África do Sul:

"Vejo que Brasil, Itália, Espanha, Argentina e Inglaterra têm grandes chances de se destacarem no Mundial. Penso que a Itália tem sempre chances de chegar às finais e surpreender, independentemente do momento, por ser uma escola muito importante e visada no futebol. No Mundial conta muito o momento que cada seleção está, mas surpresas podem acontecer como em 2006", disse.

O Milan Junior Camp estará em dez cidades do Brasil neste ano: Curitiba, São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Brasília, Salvador, Recife, Fortaleza, Natal e Manaus. No encerramento, é sorteada uma viagem para Milão, onde o vencedor verá um jogo do Milan no San Siro e participará de um torneio internacional. O projeto está presente em 42 países e o Brasil só fica atrás da Itália no número de jovens envolvidos.

"É interessante ver que muitas famílias entendem o Milan Junior Camp como uma proposta educacional acima de tudo, até mesmo do futebol. Pelas crianças ficarem fora de casa, os pais devem confiar bastante em toda estrutura e é isso que acontece. A estrutura é coordenada por pedagogas experientes e por uma equipe de staff também. É uma experiência humana acima de tudo", concluiu Baresi.

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