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O zagueiro Manoel não deu espaço para o meia-atacante Márcio Diogo. Defesa rubro-negra é a melhor do Campeonato Paranaense, com apenas nove gols sofridos | Rodolfo Bührer/Gazeta do Povo
O zagueiro Manoel não deu espaço para o meia-atacante Márcio Diogo. Defesa rubro-negra é a melhor do Campeonato Paranaense, com apenas nove gols sofridos| Foto: Rodolfo Bührer/Gazeta do Povo

Chaves do Jogo

Gol feito

Com apenas 3 minutos Marcelo Toscano desperdiçou a melhor oportunidade do Paraná. Um gol logo no início poderia garantir sossego para a retranca paranista.

Casquinha

Aos 6 da segunda etapa, Paulo Baier cobrou escanteio para Javier Toledo subir e tocar na bola antes do desvio do zagueiro Luiz Henrique. À frente no placar, o Furacão se fechou na defesa.

Pé torto

Na metade do segundo tempo, o Tricolor teve grande chance de empatar. Pará fez boa jogada e tocou para Márcio Diogo, que também mandou para fora.

  • Serna entrou muito mal e no pouco tempo em que esteve em campo conseguiu até tropeçar na bola
  • Javier Toleo - principalmente no segundo tempo, quando o Atlético passou a se defender, foi a única opção ofensiva do time, criando boas jogadas e levando perigo ao gol de Juninho. Fez o gol da vitória
  • Chicão - Responsável por parar Paulo Baier, cumpriu muito bem sua missão. Incansável, não deixou o capitão atleticano jogar
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  • Veja como foi a atuação dos jogadores do Atlético
  • Veja como foi a atuação dos jogadores do Paraná

"Atlético ganha a semifinal do Paraná por 1 a 0 e está na decisão contra o Coritiba." Se dependesse do técnico Leandro Niehues, po­­deria ser essa a manchete do clássico, apesar de a fase final do Para­­naense ser disputada em um octogonal por pontos corridos. Ao pas­­sar pelo adversário considerado mais difícil antes do Atletiba da sexta rodada, o Rubro-Negro manteve a implacável perseguição ao líder e a chance de decidir tu­­do no Couto Pereira.

"Normalmente em uma semifinal não vemos jogos abertos", dis­­se o treinador atleticano, ao co­­mentar sobre a grande preocupação dos dois times com a marcação, que fez do clássico uma partida extremamente truncada. Sem criar muitas chances, o Fu­­racão conseguiu o gol da vitória na bola parada. Sempre ela. E contando com o azar paranista de Luiz Henrique, de costas, colocar para dentro.

"A defesa deles estava muito bem fechada e era difícil de criar. Mas encaramos esse jogo como uma final, e no segundo tempo o Atlético conseguiu se soltar mais e fazer o gol", disse o atacante argentino Javier Toledo, concedendo uma promoção à semifinal de Nie­­hues. Ele só não soube precisar se tocou ou não na bola no lance do gol. De qualquer maneira, o árbitro anotou o tento para o camisa 11.

O Tricolor foi mais uma vez castigado em sua postura defensiva. Tendo na retaguarda o ponto forte, novamente marcou muito bem. Porém, quando precisou, não teve força ofensiva. No final, a repetição da história de jogos re­­centes: bastou uma falha da zaga para o time perder pelo placar mí­­ni­mo, assim como no clássico com o Coritiba e no duelo com o Sport, pela Copa do Brasil.

Prevendo as críticas, o técnico Marcelo Oliveira se antecipou a defender o estilo de jogo tricolor. "Quem fala que a gente joga só atrás é porque não acompanha os treinos. Procuro fazer um time que marca muito e sai em velocidade. Vejam o Barcelona, que defende sempre com sete, oito jo­­­gadores atrás da linha da bola. Isso é futebol moderno", explicou, u­­sando como argumento as chances criadas. "A cada jogo perdemos três ou quatro oportunidades. Con­tra o Sport também foi assim", disse, entrando na seara de lamentações pelos gols desperdiçados por Marcelo Toscano e Márcio Dio­­go, na cara do gol, após contra-ata­­ques bem construídos.

"Agora vamos pensar em fazer bons jogos, tentar terminar o campeonato pelo menos em terceiro", resignou-se o zagueiro Irineu, vendo o Paraná a oito pontos do Coxa e a sete do Furacão.

O Rubro-Negro ainda tem mais duas pequenas semifinais antes do Atletiba. Partidas nas quais Niehues exigirá concentração máxima para evitar a acomodação após a difícil vitória no clássico. "É só fazê-los lembrar o sacrifício que foi ganhar hoje (ontem). Não vão querer perder para Operário e Pa­­ranavaí.".

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O jogo

Medo de perder dita o clássico

Os dois precisavam ganhar, mas se preocuparam primeiro em não perder. A preocupação com a marcação ficou clara logo que foram divulgadas as escalações de Atlético e Paraná. O técnico atleticano Leandro Niehues sacou o meia Netinho, que vinha atuando mais recuado, para colocar o volante Alan Bahia. No Tricolor, Marcelo Oliveira optou pelo zagueiro Alessandro Lopes, deslocando Diego Correia para a lateral-esquerda e Pará para o meio, enquanto Éverton foi para o banco.

Posturas que fizeram os times entrarem em campo sabendo que chances de gol seriam raras e aproveitá-las, fundamental. Por isso os paranistas lamentaram tanto o gol perdido por Marcelo Toscano, na cara de Neto, logo aos três minutos. Assim como o desperdiçado por Márcio Diogo na segunda etapa, quando o time já perdia por 1 a 0.

Foram as chances mais claras da partida, construídas em contra-ataques. Até fazer o gol, aos seis minutos do segundo tempo, o Atlético tinha mais posse de bola e tentava pressionar. Com Alan Bahia, ganhou em ocupação de espaços e perdeu no toque de bola, apostando na força para tentar furar a barreira paranista. Mas o gol saiu apenas em uma confusa jogada após escanteio batido por Paulo Baier.

Com a vantagem, a opção de Niehues por se defender foi nítida. Ele trocou o atacante colombiano Serna – que havia entrado no intervalo no lugar de Bruno Mineiro – por Netinho e o lateral-direito Raul pelo zagueiro Bruno Costa. Desta forma, chamou o Paraná, que não tinha força ofensiva, para cima. Porém a pressão tricolor, com muitas bolas cruzadas sobre a área, não deu resultado.

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